O Fórum Permanente Contra o Reajuste das Tarifas Públicas reuniu-se na manhã deste 25 de abril, na presidência da Assembléia Legislativa, para discutir e definir as estratégias de mobilização contra o reajuste de 17,38% que a Enersul aplicou aos consumidores de Mato Grosso do Sul desde o último dia 8. Entre as idéias apresentadas, o Fórum decidiu mobilizar e envolver as donas de casa e os empresários, através da Fiems (Federação das Indústrias de MS), na audiência pública sobre o tema na próxima sexta-feira, dia 29, para protestar contra o reajuste. O grupo também pretende organizar em breve um manifesto popular através de um apagão.<BR><BR>"Nos últimos três anos, a energia ficou quase 90% mais cara, sendo que os salários não subiram um terço disso", afirmou o coordenador do Fórum, deputado estadual Semy Ferraz (PT). Como idéias da reunião, ele destacou a possibilidade de elaborar projetos de lei para obrigar que novos reajustes sejam analisados pelo Conselho dos Consumidores da Enersul, e para incentivar a utilização de fontes alternativas de energia, como o gás natural e a energia solar. Também ficou decidida a cobrança de agilidade por parte da Justiça Federal no julgamento da ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal em 2003 contra a revisão tarifária de 42,26%.<BR><BR>Para Semy, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Agepan (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos) também devem ser pressionadas, pois elas têm adotado a postura de apenas justificar os reajustes aplicados, sem se posicionar pelo equilíbrio na relação fornecedor/consumidor. As agências foram convidadas e deverão enviar representantes à audiência da sexta-feira, que acontecerá às 9h no plenário Julio Maia da Assembléia. Também deverão participar do evento os Ministérios Públicos Federal e Estadual, o Procon, a ABCCON (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e movimentos populares.
