Humberto Teixeira quer mais esclarecimentos sobre transação entre BB e empresário italiano

04/05/2005 - 19:08 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Humberto Teixeira (PDT) ocupou a tribuna do plenário da Assembléia Legislativa na sessão de hoje para voltar a questionar a transação feita entre o Banco do Brasil e o italiano Fiorenzo Sartor que pagou R$ 4,8 milhões pela dívida de R$ 180,7 milhões da usina de álcool Novagro, localizada em Nova Alvorada do Sul. O parlamentar tinha em mãos cópia da escritura pública de cessão de créditos feita entre a instituição e o empresário estrangeiro que comprova os valores do débito e o montante pago ao banco. O documento foi lavrado no cartório do segundo ofício de Dourados no dia 8 de abril.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Esta escritura comprova que o empresário Italiano comprou o crédito de R$ 180 milhões por R$ 4,8 milhões e, conforme informações que chegaram até mim, Fiorenzo já havia quitado, inclusive, dívidas trabalhistas e tributárias da massa falida da usina”, declarou o deputado.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">De acordo com Humberto Teixeira não importa se os recursos dos créditos sejam do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou do Fundo para o Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO), mas é inaceitável que um crédito seja vendido por 2,6% de seu total. Outra questão levantada pelo parlamentar é se a massa era falida qual o interesse do italiano por comprá-la. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Não estou fazendo qualquer tipo de acusação ao Banco do Brasil e nem ao menos ao empresário, mas é importante esclarecer exatamente o que aconteceu nesta transação”, comentou Humberto Teixeira, que também apresentou documento da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul encaminhado ao Ministério Público Federal do Estado que já informava sobre a negociação.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">“A massa falida da empresa Novagro S/A (...) está recebendo maciço investimento de moeda estrangeira em uma negociação fantástica e até miraculosa; haja vista que o injetor do dinheiro parece não se preocupar com detalhes importantes de qualquer investimento regular como, rentabilidade, retorno, viabilidade, etc. (...) um grupo italiano está pagando todas as contas da massa falida, sem mesmo se prevenir com a compra dos direitos do arrendador, compra inclusive dos canaviais circunvizinhos que não pertencem à massa e que sustentam a demanda da capacidade e viabilidade fabril”, dizia trecho do documento, datado de 16 de março, ou seja, mais de um mês antes do assunto ser abordado pela imprensa.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Durante declaração, Humberto Teixeira ressaltou a possibilidade de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso ou até mesmo abrir uma ação popular em seu próprio nome e encaminhá-la ao MP.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Hoje recebi em meu gabinete xérox de manchete de jornal sobre este assunto anexado a uma manifestação anônima dizendo ser por isso que a população paga tanto imposto. Isso mostra a tamanha desilusão das pessoas”, comentou o parlamentar.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Em aparte, o deputado Semy Ferraz parabenizou a atitude de Humberto Teixeira ao abordar o assunto e disse que a Casa não deve se omitir a este caso. “Pagamos impostos e queremos transparência sobre o que fazem com o dinheiro público”.</font></p>
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