<P align=justify>Relatora diz que intervenção era a única saídaBela Barros quer audiência da CPI da AL com Comissão InterministerialA deputada Bela Barros (PDT), relatora da CPI da Desnutrição e da Mortalidade Infantil, criada pela Assembléia Legislativa para apurar as mortes de crianças nas aldeias do estado acompanhou a chegada a dourados da Comissão Interministerial designada pelo presidente Lula para averiguar as condições dos índios em Dourados e solicitou uma audiência para a CPI.A comissão tem que ouvir a CPI da Assembléia que é que está acompanhando com profundidade as questões relacionadas com os índios em Mato Grosso do Sul, destacou Bela Barros ao solicitar de César Álvares a audiência, que deverá acontecer ainda hoje durante a noite.Bela elogiou a iniciativa do presidente Lula (PT) de decretar a intervenção nas aldeias de Dourados. Finalmente o grito de desespero das aldeias chegou até à sala do presidente da República, comemorou a parlamentar, assinalando que a medida é um dos desdobramentos da CPI criada na AL e da Comissão Especial criada pela Câmara Federal e das reportagens publicadas nos meios de comunicação. Na terça feira, a deputada já havia apontado, na tribuna da Assembléia, a intervenção como imprescindível para restabelecer a normalidade.Na opinião da relatora, a medida extrema do governo federal inclusive chega tarde, tamanhos são os desmandos já constatados tanto pela CPI da Assembléia como pela comissão externa da Câmara dos Deputados. Ela disse acreditar que os mesmos que aplicam mal os recursos tenham sonegado ao presidente Lula informações reais sobre a situação caótica das aldeias. É aviário que virou galinheiro, rede de água sem água nas torneiras, tanques de piscicultura sem peixes, lavanderia comunitária desativada, mudas de erva mate que não vingaram, sementes vencidas, casas que desabam por não obedecerem normas técnicas e, o que indiguina todos nós, a crueldade de alimentos guardados enquanto índios morrem de fome, resumiu a relatora. E a culpa pelas mazelas não é só da Funai e da Funasa, arrematou Bela Barros. Atuação conjunta A relatora da CPI defende que a Comissão Interministerial atue em conjunto com as comissões parlamentares da Assembléia e da Câmara Federal e com a Comissão Especial criada pela Câmara Municipal. Já temos subsídios importantes no que se refere a aplicação dos recursos, resultados e etc, que podem auxilia no diagnóstico da situação, conclamou. A deputada pretende reunir-se com a comissão interventora já na segunda feira. </P>
