Deputados concluem que “Idaterra paga sem ver o trabalho”

12/05/2005 - 20:42 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

As respostas do diretor Presidente do Idaterra, Humberto de Melo Pereira, às perguntas do deputado presidente da “CPI do Índio”, Maurício Picarelli, levaram os três parlamentares que fizeram os questionamento a concluir que “o Idaterra paga o serviço sem ver o trabalho nas aldeias indígenas”, conforme diz o deputado Dr. Loester (PDT). Picarelli centrou suas perguntas em relação a prestação de contas dos recursos recebidos do Governo Federal pelo Idaterra, mediante assinatura de convênios do Programa Fome Zero. O Instituto tem como ordenador de despesas o seu próprio presidente, Hamilton de Melo, e ele disse que paga os tratores que aram as terras indígenas baseado unicamente em relatórios assinados por fiscais do Idaterra sobre as horas trabalhadas pelos tratores. Picarelli ficou indignado com o fato do diretor presidente não saber quantas hectares de terra foram preparadas para produção de alimentos que poderiam estar evitando a morte de crianças indígenas por desnutrição. “O Senhor pagou R$ 629 mil sem saber quantas hectares foram trabalhadas?”, questionou Picarelli, buscando insistentemente esta informação. Em resposta, o diretor presidente do Idaterra apresentou vários relatórios discriminando as horas trabalhadas das máquinas em diversas aldeias do Estado. O total é de 6.332 horas, das quais 253 para a aldeia Jaguapiru, uma das duas maiores do estado. Hamilton de Melo informou que o preço pago pela hora inclui o óleo diesel. Foi quando o deputado Picarelli perguntou sobre o consumo de 33 mil litros de óleo diesel pelo Idaterra. Ouviu do diretor presidente que “são doados pelo Idaterra aos índios para utilização nos tratores deles mesmo.”

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