Seminário Internacional no Interlegis debate sobre atentados terroristas e Guerra do Iraque

17/05/2005 - 20:23 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">O segundo dia do V Seminário Internacional de Comunicação Social contou com a presença do repórter político da Folha de São Paulo, Kennedy Alencar, e do presidente e diretor executivo do American Press Institute, Andrew B. Davis.<p><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Alencar abriu o painel “desafios do jornalismo” falando de suas experiências nas guerras de Kosovo e do Afeganistão. O repórter destacou a importância dos jornalistas em desenvolver um trabalho o mais imparcial possível, lembrando sempre de manter a objetividade.<p><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Ele ressaltou que, numa guerra, os profissionais precisam garantir, além da notícia clara, sua própria sobrevivência. “Às vezes, precisamos estar de um lado da guerra para termos o que comer, o que beber e onde dormir. Nestes casos, a dificuldade é maior, pois temos que deixar o fato de passar a notícia ser maior que a gratidão”, disse.<p><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Kennedy destacou ainda a importância em respeitar a cultura de outros países. Segundo ele, para que uma notícia seja dada com imparcialidade, é necessário observar os fatos sem preconceito. O repórter explicou que não é preciso aceitar a cultura de outros povos, mas tem que haver o respeito para que o fato seja transmitido de forma objetiva.<p><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Andrew iniciou sua palestra destacando quatro aspectos: no primeiro, ele disse que “a guerra é algo horrível, mas às vezes é necessário”. Em seguida, explicou que o conhecimento e o entendimento são ferramentas importantes para uma boa notícia. Em terceiro lugar, afirmou que a imprensa livre pode promover o entendimento e o conhecimento. Por último, disse que os jornalistas são obrigados a cobrir os fatos de forma clara.<p> </p></span></p></span></p></span></p></span></p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Para o norte-americano, a objetividade é o maior desafio a ser enfrentado por jornalistas. Ele destaca que “o bom jornalista tem que saber apontar a esperança numa guerra e, principalmente, ter a capacidade de cobrir a paz depois das batalhas”.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Andrew acredita que os jornais têm que trabalhar para agradar o público e que as mídias impressas têm que mudar a maneira de transmitir a notícia. “As pessoas estão deixando de ler, cada vez mais, os jornais. A única exceção são os chineses, que ainda preservam o hábito da leitura”, disse. Para ele, é preciso investir nas notícias em tempo real. “A internet é uma ferramenta de comunicação que vem crescendo muito e, atualmente, é o que chama a atenção das pessoas”, acredita.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">Após as apresentações, a platéia debateu com os palestrantes sobre a objetividade e imparcialidade do jornalismo em casos de guerra. Os casos mais discutidos foram o atentado às torres gêmeas, nos Estados Unidos, no dia 11 de setembro de 2001, e a guerra do Iraque.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><b><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">O agendamento da sociedade pela mídia<p> </p></span></b></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana">O segundo painel do dia abordou o tema “O agendamento da sociedade pela mídia” e teve como palestrantes a<span style="COLOR: black"> professora da PUC - SP, Lúcia Santaella e o correspondente em Londres, colaborador da Globo News, da BBC Brasil e da Primeira Leitura, Sílio Boccanera.<p> </p></span></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Lúcia iniciou sua fala dando destaque ao uso do termo mídia, que atualmente é empregado para descrever todos os meios de comunicação. Segundo a professora, no fim dos anos 80, o termo era utilizado apenas por jornalistas e publicitários, mais foi sendo popularizado e em meados dos anos 90 passou a substituir diversos termos como “meios de comunicação de massa” e “indústria cultural”, significando assim, todos os diferentes processos de comunicação. “A palavra mídia tem sido usada sem uma preocupação com seu verdadeiro sentido”, afirmou.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">A professora ressaltou ainda, que o agendamento da sociedade pela mídia está extremamente ligado à cultura de massa, onde os meios de comunicação mais populares ditam o comportamento das pessoas. Lúcia destacou a convergência das mídias resultando no computador, por onde é possível ter acesso a diversos meios de comunicação.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">O correspondente internacional, Silio Boccanera, falou sobre a capacidade da mídia de mediar o acontecimento perante o público. Segundo ele, é a mídia quem cobre o fato ocorrido e tem o papel de levar ao receptor a notícia como ela realmente aconteceu e de forma clara. O repórter, que já realizou coberturas internacionais de guerra citou como exemplo a guerra do Iraque e afirmou que numa situação dessas é preciso muito cuidado na transmissão de informações para que a atuação militar não seja prejudicada.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Boccanera afirmou ainda, que devido à pressão que o jornalista sofre para transmitir notícias, o tempo de análise e percepção da situação é cada vez menor. O jornalista lançou também uma questão para reflexão durante o seminário: “O que se deve e o que não se deve mostrar na mídia?”, referindo-se a imagens e acontecimentos que podem ser considerados fortes demais ou até desnecessários, sempre, logicamente, dependendo do ponto de vista.<p> </p></span></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><i><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></span></i></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 5pt 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><i><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Por<b> Maíra Guedes e André Barroso<p> </p></b></span></i></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><i><span style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Assessoria Portal Interlegis<p> </p></span></i></p><p> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none" align="justify"><span style="FONT-SIZE: 7.5pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"><span style="mso-spacerun: yes"> </span><span style="mso-tab-count: 1">            </span><br style="mso-special-character: line-break"/></span></p>
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.