Semy reafirma denúncia de licitação dirigida da “Área do Papa”

31/05/2005 - 14:46 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><font face="Verdana" size="2">Em pronunciamento na sessão deste 31 de maio na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Semy Ferraz (PT) respondeu às afirmações do ex-prefeito André Puccinelli (PMDB) de que não há irregularidades na doação da “área do Papa” como ação de pagamento. Conforme ele, o ex-prefeito tentou “falsificar a realidade” ao sustentar que o terreno de 33,5 hectares foi escriturado à empresa <span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt">Financial Construtora </span>após quatro anos por conta da desistência da empresa Condor Engenharia, o que não seria verdade. “A realidade é que o ex-prefeito deixou que a Condor descumprisse o contrato de caso pensado, propositadamente”, afirmou.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Semy relatou que obteve a denúncia de que, para capitalizar as empresas Financial e Anfer (as iniciais de Antonio Fernando, sócio proprietário da Financial) e propiciar que elas pudessem, a conta gotas, realizar obras de drenagem e asfalto em troca do Loteamento João Paulo II, o ex-prefeito entregou obras “tapa buracos” no decorrer desses anos. Para ele, obras “tapa buracos” são fracionadas, “cuja idoneidade do valor pago é uma caixa preta só acessível aos envolvidos, porque não se sabe quanto eram os buracos, nem a largura ou a profundidade deles e, por isso, não raras vezes formam um buraco nos recursos públicos”.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">O deputado destacou ainda que a população de Campo Grande está diante de uma situação em que a Prefeitura, em vez de licitar a área e pagar as obras realizadas, optou por realizar licitação dirigida. Para ele, a licitação foi dirigida porque somente pode adquirir o terreno empresa que atuasse no ramo de asfalto, prejudicando o interesse público. “Primeiro porque empresas que não fazem asfalto ficaram impedidas de adquirir o imóvel por preço maior e, segundo, porque elas ou não se dedicavam à construção de conjuntos habitacionais, ou não poderiam esperar ficar pronto o empreendimento para recompor o seu capital de giro”, explicou.<br/><br/></font><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">A discussão, que envolveu a oposição numa reação raivosa ao pronunciamento de Semy, é resultado de uma ação popular impetrada por ele em 29 de abril, pedindo a anulação da doação dos 33,5 hectares pela Prefeitura da capital à Financial Construtora, para pagamento de dívida de R$ 4,73 milhões. A doação da área foi oficializada três dias antes de terminar o mandato de Puccinelli, em escritura pública no 3º Cartório de Imóveis. No início de maio, o juiz da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Dorival Moreira dos Santos, deferiu o pedido de liminar anulando o contrato entre a Prefeitura e a Financial.</span></p>
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