<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><font size="2"><font face="Verdana"><span style="mso-bidi-font-weight: bold">Os consumidores de Mato Grosso do Sul prometem realizar um significativo protesto contra os reajustes considerados abusivos na tarifa de energia elétrica, praticados pela distribuidora Enersul nos últimos três anos, sendo </span>42,26%<span style="mso-bidi-font-weight: bold"> em 2003, 17,02% em 2004 e 17,38% este ano. Eles vão participar do “apagão voluntário”, organizado pelo Fórum Permanente do Consumidor, desligando os padrões de energia por 30 minutos, das 20h às 20h30 de 7 de junho. O grupo (antigo Fórum Contra o Reajuste das Tarifas Públicas) é coordenado pelo deputado estadual Semy Ferraz (PT), e composto por órgãos e entidades de defesa do consumidor e do movimento social.<br/><br/></span></font></font><font face="Verdana" size="2">A idéia de organizar um protesto de consumidores desligando a energia em suas residências surgiu durante audiência pública na Assembléia Legislativa, em 29 de abril, que reuniu os órgãos e entidades para discutir meios de combater os aumentos que já somam, cumulativamente, quase 90%. Os participantes esperavam ouvir dos representantes da Enersul e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) os motivos de tamanhos reajustes, já que uma das justificativas apresentadas desde 2003 era a alta do dólar, mas este ano a moeda americana apresentou queda expressiva. Entretanto, nenhum representante compareceu para dar explicações.<br/><br/></font><font size="2"><font face="Verdana">Em função do descaso, o Fórum decidiu promover o protesto para chamar a atenção sobre a situação, e para cobrar das agências reguladoras do setor um posicionamento equilibrado entre as empresas e os consumidores. Outro objetivo do grupo é cobrar agilidade da Justiça no julgamento de uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal em 2003, questionando os critérios da revisão tarifária de <span style="mso-bidi-font-weight: bold">42,26%</span>. A ação está no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo) e, conforme o procurador Mauro Cichowski dos Santos, sem pressão social não sairá uma decisão tão cedo, devido ao enorme poder de manobra da empresa e da parcialidade da Aneel.<br/><br/></font></font><font face="Verdana" size="2">Desde o início da semana, o Fórum vem realizando palestras nas escolas de Campo Grande, juntamente com técnicos da Eletrosul, sobre economia de energia e para divulgar o apagão e obter maior adesão. Às 9h do dia 4, Semy e as entidades realizam manifestação no centro de Campo Grande (esquina das ruas 14 de Julho e Barão do Rio Branco), para convocar os consumidores à mobilização, com panfletagem e adesivagem de veículos. No dia 6, às 14h, o grupo dará entrevista coletiva na Assembléia Legislativa para explicar como será a manifestação e, no momento do apagão, alunos de várias escolas da capital e do interior acenderão velas para marcar o protesto.</font></p>
