CPI da Telems investiga possíveis “maquiagens de balanços”

07/06/2005 - 22:03 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><font face="Verdana" size="2">A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a responsabilidade pelas Ações da antiga Telems, que se reuniu na tarde deste 7 de junho na Assembléia Legislativa, aprovou os próximos convocados a depor. Para o dia 15, próxima reunião, serão chamados o último presidente da Telems, Wolney Arruda, e representantes da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da empresa de auditoria KPMG, responsável pela aprovação dos balanços da Brasil Telecom (sucessora da Telems). Para o dia 22, será convocado o proprietário da empreiteira Consil, Isidoro Moraes, que implantou parte do Plano Comunitário de Telefonia (PCT) no início dos anos 1990.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Isidoro, que já havia sido convocado diversas vezes para depor, entrou em contato com a CPI e se colocou à disposição para dar esclarecimentos. Conforme o presidente da comissão, deputado estadual Semy Ferraz (PT), ele encaminhou cópias dos contratos de comodatos que autorizavam, entre 1996 e 1997, a Telems a utilizar a estrutura física construída pela Consil com recursos dos consumidores. Entretanto, o empresário revelou que a partir de 1997 os contratos não foram mais assinados, mas a Telems continuou a utilizar a estrutura, mesmo após ser incorporada pela Brasil Telecom, o que caracterizaria apropriação de ativos por parte da telefônica.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Conforme Semy, o fato de constar nos balanços da Brasil Telecom ativos apropriados indevidamente leva a CPI a ouvir a KPMG, assim como a CVM e o último presidente da Telems, para esclarecer como aconteceu a “maquiagem de balanços”. Segundo os documentos enviados por Isidoro, seriam em torno de 10 mil linhas telefônicas em nome da Consil até hoje, sendo que o próprio empresário ainda estaria pagando o IPTU das centrais telefônicas. Em função da possibilidade de haver “maquiagem de balanços”, a comissão aprovou a convocação futura de representantes da Telebrás e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para esclarecimentos.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Os parlamentares também ouviram a advogada Patrícia Mara da Silva, vice-presidente da ABCCON (Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor), entidade que tem várias ações de execução em defesa dos 42 mil consumidores que aguardam o ressarcimento das ações telefônicas. Ela fez um relato histórico da instituição e dos fundamentos legais que a legitimam a propor execuções coletivas. Por fim, a CPI decidiu mudar a data das reuniões ordinárias das 16h de terça-feira para as 14h30 de quarta-feira, no plenário Julio Maia, para que a imprensa e população possam acompanhar melhor o andamento e os resultados das investigações.</font></p>
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