“Apagão voluntário” aconteceu em mais de 30 municípios de MS

08/06/2005 - 19:05 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><font face="Verdana" size="2">Moradores de mais de 30 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande, aderiram ao manifesto chamado “apagão voluntário”, na noite de 7 de junho, contra os reajustes de quase 90% na tarifa de energia elétrica em apenas três anos. Conforme os coordenadores do Fórum Permanente do Consumidor, que organizou o movimento contra os aumentos aplicados pela distribuidora Enersul e considerados abusivos, a adesão na capital, por exemplo, chegou a 80% em cinco bairros da região norte (Estrela Dalva, Futurista, Danúbio Azul, Bosque do Carvalho e Arco-Íris), com os moradores desligando os padrões de energia por mais de maia hora.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Entre os demais municípios, Nova Alvorada do Sul (região central do Estado) teve cerca de 90% da população desligando os padrões, conforme a vereadora Zirleyde Silva (PT), uma das coordenadoras locais. Em Cassilândia (região do Bolsão), onde o prefeito José Donizete Freitas (PT) tomou a frente da mobilização, uma pesquisa realizada pela imprensa local apurou que 86% das pessoas participaram. Em Nova Andradina (região Sudeste), algumas escolas apagaram as luzes e os estudantes saíram em passeata pela cidade portando velas acesas. Da mesma forma, a Câmara de Vereadores de Dourados realizou sessão à luz de velas por meia hora.<br/><br/></font><font size="2"><font face="Verdana">Em Campo Grande, além dos bairros, condomínios e escolas que ficaram no escuro, cerca de 250 pessoas participaram de uma procissão com velas e uma lamparina gigante por três quilômetros na avenida Nosso Senhor do Bonfim, na saída para Cuiabá. <span style="mso-bidi-font-size: 8.0pt">Para o coordenador do fórum, deputado estadual Semy Ferraz (PT), superou a expectativa a população apagando as luzes, propagando o protesto e enviando e-mails ao Governo Federal. A advogada Patrícia Mara da Silva, vice-presidente da ABCCON (Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor), comentou: “Mostramos que a sociedade organizada tem voz, mesmo contra a estrutura das empresas”.<br/><br/></span></font></font><span style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana; mso-bidi-font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">A secretária Nice Xavier, moradora do bairro Estrala Dalva, disse que participou da caminhada porque foi a única forma que encontrou para se expressar contra uma situação insuportável para a população, que não está conseguindo mais pagar a conta de energia. “Ninguém agüenta mais o custo da energia pesar tanto em nossa economia doméstica, por isso é necessário protestar cada vez mais”, enfatizou. Para o mecânico Gilberto Nunes da Silveira, morador local, os Governos Federal e Estadual precisam ver a situação de abandono dos consumidores e assumir a causa, “porque sem respaldo político fica difícil lutarmos sozinhos, somos pequenos perto das empresas”.</span></p>
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