Contradições marcam depoimentos dos funcionários do Idaterra

16/06/2005 - 21:15 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O presidente da CPI da Desnutrição e Mortalidade Indígena, deputado Maurício Picarelli (PTB), resumiu o resultado dos depoimentos dos funcionários do Idaterra como cheio de “contradições perigosas.” São funcionários que têm a responsabilidade de atestar a realização dos serviços contratados pelo Idaterra com recursos do Fome Zero (R$ 5,8 milhões), para viabilizar a produção de alimentos nas aldeias e evitar mortes por desnutrição.</font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">A coordenadora do Idaterra em Amambai, Ramona Jorginia Teixeira Araújo, por exemplo, não trouxe as planilhas que assina confirmando a quantidade de hectares preparada pelos tratores, cujas horas são pagas pelo Idaterra. “Vou mandar depois, mas nós acompanhamos todo o trabalho desenvolvido em três aldeias do município (Jaguari, Limão Verde e Amambai)”, disse. </font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">João Aparecido Simão, gestor responsável por outras três aldeias, disse que fiscalizou e assinou por apenas parte dos hectares preparadas. “Fiscalizei e assinei 253 hectares... o restante foi a Ramona”, disse. Juntando a parte que ele e a Ramona fiscalizaram, totalizam 670 hectares, mas o relatório apresentado pela empresa responsável pelo serviço e pago pelo Idaterra, apresenta 1.940 horas. </font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ao expor a contradição de números, o deputado Maurício Picarelli, deixou o gestor João Simão sem resposta ou qualquer explicação. Outra argumentação apresentada pelo deputado é de que o contrato com a empresa Proex, proprietária de tratores a serviço do Idaterra, foi assinado no dia 4 e, no dia seguinte, já havia uma nota com 1.397 horas de máquinas utilizadas para ser paga. </font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O próprio Simão achou incrível pois, “nas três aldeias, o total de horas trabalhadas em quatro meses é de 1.940 horas.” A proprietária da empresa Proex, Claudete Del Valle Palhano, está intimada para a próxima quinta-feira, para esclarecer estas informações. </font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">A CPI vai insistir também na intimação de um dos funcionários que não puderam estar presentes na reunião de hoje à tarde. Marco Aurélio Carneiro, porque foi exonerado, e José Paulino porque estava de licença de saúde mas a CPI “considera vencida e vai insistir na sua convocação.”</font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"> </p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2"></font></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O tratamento adotado pelo deputado foi de acordo com o sistema judiciário, mantendo os depoentes separados e incomunicáveis antes dos depoimentos. </font></p>
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.