CPI do Banco do Brasil pode ser instaurada no início de julho

22/06/2005 - 12:55 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar a transação de arrendamento da massa falida da destilaria de álcool Nova Alvorada Agroindustrial S/A (Novagro) de Nova Alvorada do Sul pelo Banco do Brasil e as condições da cessão de crédito de R$ 180,7 milhões da usina por R$ 4,8 milhões efetivada pelo banco ao empresário italiano Fiorenzo Sartor deve ser instaurada dentro de 15 dias. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Humberto Teixeira (PDT), autor da proposta da CPI, explica que a Assembléia Legislativa está aguardando esclarecimentos tanto por parte do Banco do Brasil quanto do empresário. Caso não convençam a Casa, o Projeto de Resolução que propõe a quarta CPI deve ir à votação no Plenário para que antes mesmo do recesso parlamentar a Comissão inicie seus trabalhos.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Desde que Humberto Teixeira entrou com o pedido de abertura da CPI vem recebendo informações e documentos sobre a transação. “Este material mostra que existem graves indícios de irregularidades principalmente em relação aos valores negociados. O Banco do Brasil tinha ficado como gerente da massa falida da usina e logo em seguida arrendou para Benedito Silveira Coutinho, mudando o nome da empresa para Agroindustrial Santa Helena Ltda. O que intriga é que existe uma disparidade muito grande entre o valor do arrendamento e o lucro conseguido pelo arrendatário”, comenta o deputado. Para o parlamentar é estranho que uma massa falida arrendada por um valor insignificante fature em torno de R$ 15 milhões de lucro líquido por ano.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Outras informações que chegaram até o parlamentar mostram que a Agroindustrial Santa Helena passou a se chamar Cachoeira Agroindustrial Ltda, tendo como arrendatário Bruno Coutinho Fernandes Gonçalves, com seu tio, Benedito Coutinho, como fiador. Quando mudou o nome para Santa Fé Agroindustrial Ltda os arrendatários eram Bruno Coutinho e Bartolomeu Miranda Coutinho, sendo Benedito Coutinho o avalista. Hoje a usina está registrada como Santa Fé Açúcar e Álcool Ltda.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>Outras suspeitas</strong></font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O pagamento de apenas 2,6% do total dos R$ 180,7 milhões feito por Fiorenzo Sartor ao Banco do Brasil também deverá ser investigado, além de outras dívidas quitadas pelo empresário cujos valores podem não ter sido corrigidos. “Queremos saber, por exemplo, como foi quitada a dívida com o INSS. Se o valor teve correção e se o Instituto concedeu algum desconto a Fiorenzo”, acrescenta o deputado.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Humberto Teixeira também quer informações de como se deu o pagamento da dívida com a Secretaria de Fazenda do Estado. A Novagro, com a inscrição de contribuinte número 28212182-0, possuía um débito de R$ 6.653.752,62 em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “Vou requisitar da Procuradoria Geral do Estado (PGE) detalhes da liquidação desta conta”, declara.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A Delegacia Regional do Trabalho (CPI) também deverá ser procurada para esclarecer como foi feito o pagamento dos os funcionários da usina. “Se houve algum acordo por trás de todas estas transações iremos descobrir”, completa.</font><br/></p>
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