CPI considera "sabotagem" ausência de Wolney

22/06/2005 - 19:09 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

O deputado Semy Ferraz (PT), presidente da CPI da Telefonia, criada pela Assembléia Legislativa para buscar o ressarcimento dos 43 mil consumidores que adquiririam ações da Telebrás, através da extinta Telems (hoje Brasil-Tlecom), lamentou agora à tarde a ausência do último presidente da Telems, Wolney Arruda.“Nós vamos analisar providências judiciais que possam nos ajudar a ouvir o depoimento dele (Wolney), porque consideramos de grande Importância para esclarecimentos necessários à CPI”, adiantou Ferraz. Do ex-presidente, a CPI espera explicações sobre o balanço de 1.997, esclarecendo como a empresa Brasil Telecom apropriou-se de duas estações (Andorinhas e Campo Grande) e 513 terminais telefônicos, sem comodato ou qualquer documento. A ausência de Wolney foi considerada pelo presidente da Comissão como “sabotagem” aos trabalhos da CPI, e até mesmo “um crime de omissão”. Ele chegou a se exaltar, dizendo que “pelas informações existentes, ele precisa ser ouvido pela comissão.”O demais parlamentares integrantes da CPI, também mostraram indignação e revolta quanto à atitude do ex-presidente da Telems, em ter encaminhado um “e-mail para o advogado Paulo Tadeu Handchen (que defende a Brasil Telecom) dizendo que não poderia estar presente hoje à tarde para depor na comissão”. O deputado Dr. Loester (PDT), também mostrou exaltação, quando disse que “isso é uma tentativa de desmoralizar a CPI e não podemos permitir isso.” A Assembléia Legislativa enviou passagens aéreas para deslocamento do ex-presidente, investindo dinheiro público na apuração da verdade e “ele está se omitindo por algum motivo.”Ainda no início da reunião, o deputado Semy Ferraz, anunciou o recebimento de oficio do advogado Paulo Tadeu Handchen solicitando cópia dos documentos de posse da CPI. “Estamos providenciando a autuação destes documentos e vamos fornecer, conforme a solicitação.”O empresário proprietário da Consil, Isidoro Moares está presente e será ouvido. Dele, a CPI quer o detalhamento da denúncia de que a Brasil Telecom está utilizando mil terminais telefônicos que estão em seu nome, sem qualquer autorização. Para quarta-feira, dia 29, os convocados são Anatel-Agência Nacional de Telecomunicações e KPMG Auditorias Independentes. Da Anatel, o deputado Semy Ferraz espera explicações sobre as providências para equilíbrio na relação entre acionistas investidores e empresa que trabalha com concessão pública, como é o caso da Brasil Telecom, na área das telecomunicações. “A Anatel é Agência reguladora do Governo e precisa explicar as providências para segurança do mercado”, resume o deputado presidente da CPI. Da KPMG, os parlamentares querem explicações sobre o cuidado com as auditorias que garantem a segurança no mercado de ações, principalmente sobre os balanços de 2002, 2003 e 2004, da Brasil Telecom.

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