Kemp é contra a criação de disciplina sobre Direitos Humanos

05/08/2005 - 14:27 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Pedro Kemp (PT), é contra a criação de disciplina espefíca para ensinar Direitos Humanos nas escolas públicas e particulares. "Não cabe criar disciplina, com provas. Não são (informações) para se passar de ano, mas para serem vividas e transformar a realidade", afirmou, defendendo um trabalho interdisciplinar. "Deve-se trabalhar a cultura dos direitos humanos", defendeu na abertura do Encontro Estadual de Educação em Direitos Humanos, que acontece no Plenário Júlio Maia, na Assembléia.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Kemp disse que a Declaração Universal de Direitos Humanos, feita pela ONU, completa 57 anos, mas é pela primeira vez o Brasil discute a implantação do Plano Nacional na área. "Não basta ter declaração linda se não é discutida pelos cidadãos e não torna prática", ressaltou o parlamentar. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Ele classificou que esse talvez seja o tema mais belo da sociedade, mas que é deturpado pelos meios de comunicação. Kemp citou o Programa do Ratinho (SBT), através do qual o apresentar Carlos Massa, o Ratinho, diz que o "povo dos direitos humanso só defende bandidos". "Isso é uma afronta ao conceito", criticou Kemp, destacando que a luta é pelo respeito à vida e à dignidade do ser humano.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O líder do Governo defendeu o respeito às diferenças de cor, etnia, pensamento, orientação sexual e deficiências. "Essas diferenças não podem ser motivo de segregação entre as pessoas", afirmou. Ressaltando que houve avanço na luta pelos direitos humanos, com mais respeito às mulheres e homossexuais. Kemp citou o milagre da divisão dos pães e peixes na Biblía, onde Jesus teria alimentando cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. "Na época, as mulheres não eram nem contadas", citou.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Mas, apesar dos avanços, segundo Pedro Kemp, ainda existem casos gravíssimos de desrespeito aos direitos humanos. Como exemplo, ele falou da constatação de trabalho semi-escravo nas carvoarias de Bonito, a 285 quilômetros de Campo Grande. Essa realidade pode ser mudada com um trabalho da sociedade, organizações não-governamentais, pais, meios de comunicação e órgãos públicos. </font></p>
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