Tostão, Delinha e Aurélio Miranda depõe na CPI do ECAD

10/08/2005 - 21:03 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A CPI que investiga possíveis irregularidades na atuação do Ecad - Escritório de Arrecadação e Distribuição de Mato Grosso do Sul, já ouviu nesta tarde os depoimentos dos artistas Ady Antonio Boniati, o Tostão da dupla Tostão & Guarani, Delanira Pereira Gonçalves, a Delinha da dupla Délio e Delinha e, agora está ouvindo o músico e compositor Aurélio Miranda. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">No seu depoimento Tostão diz que é filiado à SICAM - Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais, com o número de matrícula 7.399, desde 5 de julho de 1980 e só mês passado recebeu os primeiros R$800,oo (oitocentos reais). Ele agradeceu e parabenizou aos deputados da CPI, pois o efeito dessa comissão já começa a refletir no resultado positivo para os artistas.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Por sua vez,com esse depoimento, os deputados constataram que a documentação oferecida pela SICAN, não corresponde com a verdade, pois há contradição no documento apresentado a CPI e assinada pelo presidente Chrysóstemo Pinheiro de Faria, datado 08 de abril de 2005, com a filiação de 25 anos do primeiro depoente. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Segundo o presidente da comissão, deputado Arroyo, "no documento que temos em mãos está dito que, 'essa sociedade embora acolha filiados em vários Estados, não tem filiados em Mato Grosso do Sul', isso contraria a ordem, uma vez que Tostão apresenta documento provando sua filiação".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado Roberto Orro, assim como Arrayo e Raul Freixe, disse que a CPI não quer prejudicar o ECAD, mas sim que o ECAD trabalhe verdadeiramente para fazer justiça com os artistas, verdadeiro objeto da arrecadação. "Mas o que andava ocorrendo é que o ECAD vinha exercendo o poder de polícia, fechando bailes e festas por conta da arrecadação que não está sendo repassada aos artistas e compositores. Queremos que arrecade e seja repassado aos artistas que fazem nossa cultura".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Aurélio Miranda também filiado a SICAN encontra-se em pior situação dos músicos já ouvidos pela CPI, nesta tarde. Ele filiou-se juntamente com Tostão, há 25 anos atrás e até hoje não recebeu nem a carteira, quanto menos algum valor pelos seus direitos autorais. "Neste 37 anos de carreira não recebi nada ainda do Ecad, ouvi dizer de minha pessoa que não estou com a documentação certa, mas vemos muita maracutaia nos pagamentos, que fazem com os rádios que declaram ter rodado música que não foi em detrimento de outras".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Orro ressaltou o valor artistico da dupla Délio e Delinha, como "referência artística de Mato Grosso do Sul". Lembrou que eles já eram grande sucesso desde 65, em Aquidauana, quando tinham programa na Rádio Difusora."Essa dupla nos honra e já formaram gerações musicais fazendo parte da nossa história". Delinha disse à CPI que iniciou sua carreira artística em 1958 e não tinha esses órgãos arrecadadores. Recebiam da Ordem dos Músicos. Mas que está vinculada a AMAR- Associação de Músicos Arranjadores e Regentes e que, de três em três meses recebe uma média de R$ 300 a 400 reais. Nada mais que isso. "Pelo que vejo tive sorte, pois estive recebendo nesse tempo todo".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O artista Zé Geral está no Plenarinho e também será ouvido nesta tarde, assim como Dino Rocha. A CPI se prolongará até ouvir todos os músicos presentes.</font></p>
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