Couro: mudança na Lei garante recursos ao centro

31/08/2005 - 21:11 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2"> Uma mudança na Lei 2957, de 22 de dezembro de 2004, vai assegurar os recursos para investimentos na manutenção e modernização do Centro de Tecnologia do Couro em Mato Grosso do Sul, inaugurado em outubro do ano passado. No início deste mês, a Assembléia Legislativa aprovou proposta do deputado estadual Roberto Orro (PDT), também subscrita pelo pefelista José Teixeira (PFL), que institui a contribuição de R$ 0,10 por unidade de couro bovino e bufalino processados pelas indústrias locais nos estágios de curtimento wet blue (curtido), crust (semi-acabado) e em pré-acabamento.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"> Mato Grosso do Sul torna-se, assim, o primeiro estado brasileiro a criar um dispositivo legal para garantir a rentabilidade de um centro de tecnologia do couro. “No atual estágio operacional dos curtumes sulmatogrossenses, a Embrapa/Gado de Corte calcula que só do Rio Grande do Sul aproximadamente <br/>100 mil couros são beneficiados aqui nos estágios wet blue e crust. E depois são levados de volta para serem utilizados como matéria-prima de indústrias calçadistas, de forros, mobiliários e outras”, observa Orro.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"> O CTC/MS, instalado em uma área da Embrapa Gado de Corte, na saída para Aquidauana, põe Mato Grosso do Sul na vanguarda na pesquisa científica para qualificar o produto. É um projeto de iniciativa conjunta entre o governo de Mato Grosso do Sul e a Embrapa, em parceria com 13 instituições: Serviço <br/>Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae), Federação das Indústrias (Fiems), Federação da Agricultura (Famasul), Sindicato do Couro, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp), Universidade Federal (UFMS), Sindicato da Carne (Sicadems), Instituto de Defesa Agropecuária (Iagro), Serviço Nacional de prendizagem Rural (Senar) e Secretaria Estadual de Produção (Seprotur).</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Implantado para beneficiar o couro, incentivar a pesquisa e qualificar os trabalhadores, o Centro está estruturado em um pavilhão com 572 metros quadrados, com equipamentos de última geração. No primeiro bloco funcionam o curtume e a estação de tratamento de efluentes. Os parceiros entram com recursos financeiros, pessoal e tecnologia. A construção do Centro, em área cedida pela Embrapa, foi orçada em R$ 6 milhões, metade para a obra física e metade para aquisição de equipamentos.</font></p><p align="justify"><br/><font face="Verdana" size="2">Orro disse que a contribuição fixada em lei será uma ajuda substancial para a manutenção e a operacionalização do Centro, alçando o Estado a um elevado patamar de pesquisa, ensino e difusão de tecnologia, além de especializar a mão-de-obra, “condições fundamentais para qualificar o processo de <br/>industrialização e, sobretudo, consolidar as raízes do conceito de desenvolvimento sustentável”. O deputado lembra que a influência do couro brasileiro na balança comercial e na grade de exportações é cada vez mais forte. Anualmente, estima-se que as exportações do pdoduto no estágio wet blue somam US$ 3 bilhões.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"> “Se o produto for beneficiado, o valor dobra e podem ser gerados até 500 mil empregos no processamento”, acrescenta.O deputado pedetista salienta ainda que com esse investimento, o Estado <br/>adquire capacidade produtiva diferenciada e estimula a vinda de indústrias do setor e o fortalecimento do agronegócio. Orro insiste em destacar o item “especialização de mão-de-obra” para enfatizar a abertura de uma nova opção no mercado de trabalho. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">“Ao melhor capacitar sua mão-de-obra, o Centro propiciará a formação de trabalhadores mais competitivos e treinados”, assinala. Orro elogia o esforço e o idealismo do coordenador do Centro, Edson Espíndola Cardoso, que “sempre acreditou na capacidade do Estado e vê a industrialização com os olhos fixos na melhoria da qualidade de vida coletiva e no desenvolvimento compatível com a preservação do ambiente”.<br/>Com a proposta dos deputados, outra mudança entrará em vigor. Até então, a lei cobrava essa contribuição somente das indústrias beneficiárias de incentivos fiscais. Agora, com a emenda modificativa, a contribuição será devida por todos os estabelecimentos que processem couros bovinos e bufalinos em seus diferentes estágios. “Dessa forma, a manutenção do Centro de Tecnologia e a qualificação dos trabalhadores terá um reforço financeiro bem mais consistente”, concluiu Orro.</font></p>
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.