Usinas no Pantanal: MS não pode errar, adverte Orro

11/09/2005 - 18:36 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify">"É <font face="Verdana">preciso que os poderes públicos e a sociedade esgotem todas as implicações no debate dessa questão, do contrário Mato Grosso do Sul poderá cometer um erro irreparável caso seja aprovada a instalação de usinas de álcool no Pantanal". A advertência é do deputado estadual Roberto Orro (PDT), <br/>ao expressar sua preocupação com a análise, pela Assembléia Legislativa, do projeto do Governo do Estado que abre uma brecha na lei para permitir empreendimentos industriais na Bacia do Pantanal.<br/></font></p><p align="justify"><font face="Verdana">“Estou seguro que todos os 24 deputados saberão conduzir essa discussão, avaliando com profundo suporte técnico e científico todos os diferentes impactos ambientais, econômicos e sociais. Ainda assim, considero fundamental a participação da sociedade, dos ambientalistas, das universidades, dos organismos de pesquisa, para que a decisão final tenha como pressuposto inegociável a preservação do ambiente”, assinalou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana">Para ele, o desenvolvimento auto-sustentado deve ser o conceito-guia do debate <br/>que vai orientar a deliberação do Legislativo.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana"><strong>MOBILIZAÇÃO POPULAR</strong> </font></p><p align="justify"><font face="Verdana">Orro lembra que foi uma grande mobilização popular, no início da década de 80, que impediu a instalação de usinas de álcool na região da Bodoquena, dentro da planície pantaneira. “Já se foram mais de 20 <br/>anos, mas a voz da população ainda ecoa nas ruas, é como um grito permanente para renovar a responsabilidade que todos nós temos com a defesa da vida, mais especificiamente a defesa da vida com qualidade”, frisou.</font></p><p align="justify"><br/><font face="Verdana">O deputado defende a necessidade de buscar alternativas para o enfrentamento de graves problemas sociais como o desemprego e entende a mobilização dos prefeitos da região Norte, que pressionam pela aprovação da lei, vislumbrando investimentos que, segundo as estimativas, podem abrir até <br/>15 mil novos empregos. No entanto, o pedetista observou que o processo industrial não é único para todas as regiões e sistemas.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana"> “Cada região, cada ecossistema tem suas peculiariedades. Existem áreas adequadas para <br/>modalidades específicas de indústrias. No caso do Pantanal, todo cuidado é pouco. Estamos vendo a tragédia de cursos d´água como o Rio Taquari, poluído pela prática inadequada da agricultura e assoreado por causa da devastação das matas ciliares”.</font></p><p align="justify"><br/><font face="Verdana">Orro discorda de quem critica as defesas apaixonadas do Pantanal. “É claro que um parecer técnico-científico altamente qualificado tem peso considerável, mas a paixão, nesse caso, é legítima para quem quer defender um patrimônio que já vem sendo sacrificado e descaracterizado por conta dos equívocos e até da irracionalidade. O que a Natureza levou bilhões de anos para formatar não pode ser vítima do imediatismo. Os recursos naturais existem para servir às necessidades do homem, provendo-o de <br/>alimento, de água e de insumos essenciais à sua existência, mas essa é uma exploração que não pode apresentar riscos ou os danos serão irreversíveis”, concluiu. </font></p><p> </p><p> </p>
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