CE da Aftosa: prejuízo na suinocultura pode chegar a R$ 2,5 milhões por semana

25/10/2005 - 16:09 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A Comissão Especial da Febre Aftosa também passará a acompanhar a crise na suinocultura, causada pelo surgimento dos focos de febre aftosa em Eldorado e Japorã, na fronteira com o Paraguai. Durante reunião no Plenarinho, presidida pelo presidente da CE da Aftosa, deputado estadual Paulo Corrêa (PL), o representante da Associação dos Suinocultores de MS, Arão Antônio Moraes, estimou que são produzidos 13,5 mil suínos por semana no Estado, mas a capacidade de abate dos frigoríficos é apenas 3,5 mil.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Por semana, 10 mil suínos estão deixando de ser abatidos devido aos embargos dos estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Minas Gerais. O problema é mais grave ainda porque a produção é semanal e os produtores já não possuem mais espaço para deixar os animais excedentes. O ex-senador Levi Dias informou que está comprando tela para soltar os suínos na brachiária. "Não temos para quem vender", lamentou Moraes.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Em média, o prejuízo por semana dos produtores de suínos em MS é de R$ 2,3 milhões a R$ 2,5 milhões, podendo chegar a R$ 10 milhões por mês, sem considerar os gastos com a locação de outros espaços. Durante o encontro, o secretário estadual de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira Filho, afirmou que o problema enfrentado pelos suinocultores é muito mais sério do que dos pecuaristas, já que o boi pode ficar no pasto enquanto aguarda preço. Por outro lado, os produtores de suínos possuem produção semanal e não têm como segurar a venda por mais tempo.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Corrêa sugeriu que uma comissão de suinocultores acompanhe Dagoberto Nogueira Filho amanhã em Brasília, onde discutirá a liberação da venda de suíno gordo para São Paulo. A CE também passará a acompanhar a grave econômica na suinocultora. Segundo a Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), essa é a segunda crise em dois anos no setor. Em 2003, os produtores sofreram as consequências da crise na produção de milho.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">"O suíno não morreu com a febre aftosa", afirmou a deputada Celina Jallad (PMDB), fazendo coro à reclamação dos produtores rurais da suinocultura estar condicionada à bovina. No entanto, segundo o deputado Zé Teixeira (PFL), essa ligação segue normas internacionais e a mudança não depende dos esforços apenas dos governos federal e estadual.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana"><font size="2"><strong>VEGATAIS </strong>- Além da suinocultura, Dagoberto Nogueira FIlho está preocupado com a suspensão da compra de produtos de origem vegetal da região atingida pela febre aftosa. Maior produtor de melância do Estado, Eldorado pode jogar fora cerca de 10 milhões de quilos do produto por falta de mercado. MS não absorve a produção da região, segundo o secretário de Produção.</font></font></p>
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