<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O presidente da Fundação Cândido Rondon, Ido Michels, responsável pelo relatório contendo estudos sobre os impactos ambientais sociais, disse que instalar as usinas na região norte na velocidade que está prevista é prematuro. "A região é sensível e não pode-se garantir que as indústrias trarão desenvolvimento à cidade". </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ido explicou que desenvolvimento está relacionado em gerar riquezas e investí-las na mesma região, porém o que é possível observar é que as usinas realmente geram riquezas e as levam para fora. "Então é ilusão achar que o setor sucroalcooleiro desenvolverá a região norte".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Outro fator apontado pelos defensores do projeto é a geração de empregos, porém Ido Michels informou que as indústrias contratam nordestino ou mineiro, mão-de-obra qualificada para a colheita de cana-de-açúcar. "A população acredita que as usinas trarão desenvolvimento e empregos, porém isto não é verídico. A mão-de-obra no Estado não está apta a trabalhar nas indústrias que trazem os bóias frias do Nordeste". </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Estima-se que mais de mil pessoas são atraídas para as localidades onde as usinas serão instaladas, conseqüentemente, os municípios acabam sofrendo pressões sociais pois as prefeituras precisam aumentar o orçamento para subsidiar os gastos. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ido também criticou os incentivos fiscais oferecidos pelo governo as agroindústrias de cana-de-açúcar que se instalarem no Estado. "Hoje os outros estados estão saturados de usinas e não tem mais terra, então não tem para onde irem. Sem contar que o hectare em São Paulo custa cerca de R$ 16 mil e aqui no Estado está avaliado pela metade do preço. Não há necessidade de incentivos fiscais para este setor", acrescentou.</font></p>
