<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O ecologista Alcides Faria, diretor da ECOA, foi o primeiro palestrante na parte da tarde, na Audiência Pública que discute o Projeto de Lei 170/05. Ele se deteve a análise do projeto que, segundo ele, "não é apenas para alterar a lei elaborada em defesa do Pantanal, mas é a lei da cana e as consequências serão para todo o Estado de Mato Grosso do Sul".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Destacou como problemático o artigo 50, sobre a contratação determinando 50% das vagas para MS. Outras questões problemáticas levantadas foi com relação a delegação da fiscalização aos Sindicatos; a aplicação rigorosa da lei que desestrutura a produção;o uso agrícola intensivo em zona de recarga que é extremamente perigosa; além de o produtor ter que ter o título de propriedade. "Vários aspectos da lei que são problemáticos e os elementos que se apresentam como ambientais são falhos".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Alcides lembrou, ainda, que no projeto de lei formulado, "não se pode colocar nenhumna vegetação abaixo de 230 metros (planície pantaneira), mas a cana pode. Não há como evitar as queimadas, que são poluentes e têm que ser feitas, porque a mecanização é de apenas 30%". </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ao encerrar disse que "é justa a ansiedade e o desejo do desenvolvimento" e, sugeriu "a recuperação das microbacias", pois a situação exige ações que busquem não somente a alta tecnologia, mas principalmente o desenvolvimento social e maior consciência ambiental.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">"O Estado é o maior produtor de gado do país, chegamos a 24 milhões de cabeça, mas temos que fazer a recuperação da microbacias e aumentar a capacidade de suporte, com a recuperação de solo, da mata ciliar e outros. Precisamos pensar o Brasil estrategicamente como um todo", concluiu.<br/></font></p>