Deputados discutem ação para barrar licitação da folha dos servidores

23/11/2005 - 14:27 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Causou polêmica na sessão ordinária desta quarta-feira a ação judicial do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, através da qual tenta barrar a licitação da folha dos servidores públicos estaduais. O líder do Governo na Casa, deputado estadual Pedro Kemp (PT), e o primeiro-secretário, Ary Rigo (PDT), ocuparam a tribuna para defender a iniciativa do Poder Executivo e responder as críticas feitas pela líder do PMDB, Celina Jallad, e dos deputados Waldir Neves (PSDB) e Sérgio Assis (PSB).</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Incisivo, Kemp acusou o ex-prefeito André Puccinelli (PMDB), que esteve presente na Assembléia acompanhando os representantes do Sindicato dos Bancários, de promover uma ação política com o objetivo de impedir a licitação da folha, evitar a obtenção pelo Governo estadual de R$ 100 milhões e atrasar o pagamento do 13.º dos 60 mil servidores públicos estaduais. "Está chegando a eleição e eles querem fazer campanha na base do faz de tudo, inclusive deixar os servidores sem o 13.º", acusou Kemp.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O petista destacou que o Banco do Brasil não está impedido de participar da licitação. Para o líder do PDT, Onevan de Matos, o Banco do Brasil deveria pagar os R$ 90 milhões solicitados pelo Governo estadual, já que obteve mais lucros do que o Bradesco. "O Banco do Brasil cobra taxas e mais taxas, algumas até absurdas. As agências não vão fechar", afirmou Matos. "Os bancos tem usurpado do povo brasileiro cobrando taxas de juros extorsivos", exortou Matos, com o apoio de Kemp.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Falando pela liderança do PDT, Ary Rigo destacou que o presidente do Sindicato dos Bancários, José Clementino Pereira, escolheu o caminho ao ingressar com a ação judicial. "Eles não querem o diálogo", destacou o pedetista, que citou os prefeitos de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB), que fizeram a negociação com os bancos sem fazer a licitação e ninguém reclamou", afirmou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Também ocupando a tribuna, Celina Jallad disse que os bancários temem o fechamento de 14 agências e 12 postos avançados do BB em decorrência da retirada da folha de pagamento do Banco do Brasil. Ela disse que está preocupada com os aspectos sociais da medida. Ela exigiu que os deputados ouvissem os sindicalistas, mas não houve acordo de liderança. Em seguida, Celina prometeu boicotar a votação de projetos que não considerar importantes para o Estadou ou para o PMDB.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Rigo rebateu as acusações. Ele disse que o Banco do Brasil ficará com 60% da movimentação financeira do Governo estadual, já que continuará recebendo os tributos estaduais e movimentando as contas do Poder Executivo. Rigo aconselhou o SIndicato dos Bancários esperar a ação ser julgada pela Justiça para depois debater o assunto com os deptuados. O pedetista também vê ação política na ação para evitar o pagamento dos salários dos servidores, já que o Governo estadual passa por grave crise financeira.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Waldir Neves, Sérgio Assis e Zé Teixeira (PFL), que discutiram o assunto com Puccinelli e os sindicalistas, também criticaram a decisão de não ouvir os sindicalistas. "Era importante repassar as informações para a Casa", disse Neves. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O ex-prefeito André Puccinelli negou que esteja por trás da ação e tenha a intenção de evitar o pagamento do 13.º aos servidores públicos estaduais para provocar constrangimento ao governador Zeca do PT. "O Kemp fez uma afirmação falaciosa", dissse. Ele defendeu Nelsinho Trad e Simone Tebet, porque teriam feito acordo com o mesmo banco, já que a licitação é considerada ilegal e bloqueou os recursos em São Paulo e Chapecó (SC).</font></p>
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