Ambientalistas comemoram arquivamento de projeto das usinas

30/11/2005 - 15:54 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Ambientalistas comemoraram o arquivamento do projeto de instalação de usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai. Dos 22 deputados presentes, 17 votaram a favor do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), contrário ao projeto. Centenas de pessoas, entre estudantes, ambientalistas, vereadores e prefeitos, participaram da sessão.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O presidente da ONG (Organização Não Governamental) Ecoa – Ecologia e Ação, Alessandro Menezes, defendeu que o Governo do Estado realize o Zoneamento Ecológico-Econômico. O estudo vai redirecionar as atividades na região. “A discussão precisa ser feita com base em estudos técnicos”, disse.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para o professor Plínio Sá Moreira, especialista em engenharia sanitária ambiental, o zoneamento é o primeiro passo em direção à preservação do Pantanal. “Precisamos de uma ação integrada que atenda ao Pantanal”, diz. Ele afirma que a legislação em vigor, de 1982, não protege a região pantaneira, apenas proíbe a instalação de usinas de álcool na bacia. “Dessa forma, criamos apenas soluções pontuais que passam a impressão de que o problema está resolvido”, acredita. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Jorge Gonda, que assumiu a presidência da Fundação para Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul (Fuconams) no lugar de Francisco Anselmo Barros, que cometeu suicídio durante protesto contra o projeto, diz que algumas atividades na região do Pantanal precisam ser revistas. “Existem culturas certas que são aplicadas de forma inadequadas”, diz. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para os ambientalistas, a morte de Francisco Anselmo de Barros foi decisiva para o arquivamento do projeto. “Alguns políticas ainda estavam em dúvida. A morte dele fez com que os parlamentares parassem para pensar”, acredita o dirigente da Ecoa. O professor Plínio Sá Moreira foi procurado por uma revista científica internacional para falar sobre o assunto. “Eles ficaram sabendo da discussão depois da repercussão da morte do Francisco”, disse. </font></p><p> </p>
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