Para freqüentadores, lei que proíbe consumação mínima não reduz consumo de álcool

23/01/2006 - 19:25 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">A lei 3.047, de 11 de julho de 2005, que proíbe a cobrança da consumação mínima em bares e boates de Mato Grosso do Sul não reduziu o consumo de álcool na opinião dos freqüentadores. Eles afirmam que a única diferença é que agora estão gastando mais. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para o empresário gráfico Jéferson Mauro F. Reis, o fim da cobrança não provocou redução no consumo de bebidas alcoólicas. “Bebo a mesma quantidade que antes”, diz. “Claro que tomando cuidado para não exagerar para depois ir embora sem acidentes”, ressalta. Jéferson não aprova a proibição. “Antes a gente tinha um crédito para consumir”, reclama. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A estudante Carolina Nabhan sai todos os fins de semana. Gasta de R$ 50 a R$ 100 por noite. “A única diferença agora é que gasto um pouco mais com o valor da entrada”, diz.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">A autora da lei, deputada Celina Jallad (PMDB) diz que a intenção da lei é evitar a iniciação ao alcoolismo. “Quem já bebe, realmente não vai reduzir o consumo, apenas gastar mais”, reconhece. “O que é preocupante porque essas pessoas já têm um teor alcoólico no organismo”, acrescenta. Segundo a deputada, muitos que freqüentam as casas noturnas bebiam apenas para ‘aproveitar’ o valor pago na entrada.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Uma das casas noturnas de Campo Grande, o Tango, cobrava R$ 30 para homens e R$ 20 para mulheres. O valor ficava como crédito no consumo de bebidas e alimentos dentro da boate. Agora, o convite é seco, ou seja, não dá mais direito à consumação. Segundo o promoter Guto Ferreira, o lucro aumentou. “Agora, as pessoas gastam a entrada e mais o que consomem”, explica. Ele também afirma que a medida não reduz o consumo de álcool. “Tem um cliente que gasta R$ 500 em bebidas e vai embora dirigindo”, exemplifica. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A deputada Celina Jallad diz que “minha preocupação não é com o ganho das casas noturnas, mas a perda de quem consome bebidas”.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">A lei está em vigor desde julho e vale para todos os bares e boates de Mato Grosso do Sul. As punições para quem desrespeitar a lei são as previstas no Código do Consumidor.</font><br/></p>
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