<font face="Verdana" color="#000000" size="2">Em 6 de abril de 2005, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) teria divulgado a resolução homologatória nº. 72 ampliando para 50,81% a revisão tarifária concedida à Enersul, então de 42,26%. A informação é do deputado estadual Semy Ferraz (PT), coordenador do Fórum Permanente do Consumidor, que está mobilizando a sociedade contra o novo reajuste da energia elétrica previsto para o próximo dia 8 de abril. Conforme ele, de forma “sorrateira e sem qualquer consulta pública, a agência concedeu um índice maior do que o aprovado inicialmente, que já era insuportável para o consumidor sul-mato-grossense”.<br/><br/>O deputado lembra que, apenas em 2005, com aumentos acumulados de 28,6%, a Enersul obteve um lucro de R$ 163,9 milhões, que em 2004 foi de R$ 93,8 milhões e, em 2003, de R$ 13,9 milhões. “Mesmo com tamanho aumento nos lucros da empresa, a Aneel continua entendendo que é pouco e autorizando sucessivos aumentos tanto do índice da revisão qüinqüenal tarifária quanto dos reajustes anuais. Isso só mostra que a agência foi capturada completamente pelas empresas de energia”, desabafa. Para exemplificar, ele comenta que, em 1998, o item energia consumia de 1 a 2% da renda da classe média, e atualmente consome de 8 a 11%.<br/><br/>Por conta disso, o Fórum Permanente do Consumidor deverá organizar, para o próximo dia 7 de junho, um novo “Apagão Voluntário”, movimento em protesto contra os índices de reajuste da energia no Estado. Conforme Semy, o manifesto será realizado juntamente com uma consulta à população, para saber se os consumidores aprovam ou não a privatização do sistema elétrico estadual. O primeiro “Apagão” foi realizado em junho de 2005, contando com a adesão principalmente de estudantes e donas-de-casa. “A intenção desta vez é contar com a participação de empresários das zonas urbana e rural”, adianta o parlamentar.</font>
