Fórum vai avaliar reajuste de 9,3% da energia, afirma Semy

06/04/2006 - 19:09 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><font face="Verdana" size="2">Em reunião extraordinária neste 6 de abril, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou um reajuste de 9,3% na tarifa da energia de 99% dos consumidores da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul). Para o deputado estadual Semy Ferraz (PT), o índice pode ser comemorado como uma vitória dos consumidores graças à mobilização da sociedade através do Fórum Permanente do Consumidor. Para ele, considerando que a Enersul havia pedido 18,97% de aumento, a luta do Fórum desde 2003 contra os “reajustes abusivos” ajudou a população a obter um índice menor, “o que mostra que a mobilização não pode parar nunca”.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Entretanto, o deputado ressaltou que, levando em conta o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado, utilizado o setor elétrico), que foi de 1,45% em 2005, o aumento foi pesado ao consumidor, principalmente por transformar a tarifa da Enersul na mais cara do Brasil. Até o momento, a mais cara é a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que cobra R$ 0,38672 por quilowatt/hora KW/h, e a Enersul é a segunda, com R$ 0,38363 por KW/h. “A partir do dia 8, nosso Estado terá a tarifa campeã, o que não se justifica em nenhuma hipótese. Por isso, vamos nos reunir para avaliar se faremos um novo ‘apagão voluntário’”, afirmou Semy.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">Mesmo antes do reajuste autorizado hoje, a energia no Estado já acumulava aumentos de quase 100% em apenas três anos, com três tarifaços seguidos, sendo 32,59% em 2003, 17,02 em 2004%, e 20,69 e 6,5 em 2005. Os índices explicam porque a Enersul obteve um lucro de R$ 163,9 milhões no último ano, que em 2004 foi de R$ 93,8 milhões e, em 2003, de R$ 13,9 milhões. Para Semy, esses números resultam do fato de que, em 1998, o item energia consumia de <metricconverter w:st="on" productid="1 a">1 a</metricconverter> 2% da renda da classe média, e atualmente consome de <metricconverter w:st="on" productid="8 a">8 a</metricconverter> 11%. Para os consumidores de alta tensão, cerca de 2,2 mil no Estado, o impacto este ano será ainda pior: 13,25%.<br/><br/></font><font face="Verdana" size="2">O Fórum Permanente do Consumidor é composto por órgãos e entidades de defesa do consumidor, movimentos populares e sociais e representantes dos Ministérios Públicos Estadual e Federal. Quando se reunir, grupo vai avaliar se ingressará com ação civil pública questionando o reajuste, através de uma das entidades legitimadas. Além disso, os integrantes pretendem encampar a plataforma do consumidor elaborada pela ABCCON (Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor), visando dar transparência ao processo de aprovação das novas tarifas, incluindo a revisão do modelo de privatização adotado, que privilegia a outorga onerosa.</font></p>
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