<div style="text-align: justify;"><font size="2" style="font-family: verdana;">A luta do ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Francelmo, não se esvaziou com sua trágica morte no ano passado – quando ateou fogo ao corpo em protesto contra o projeto de instalação de usinas de álcool no Pantanal. Defender o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas, pela via do desenvolvimento sustentável, é a grande marca conceitual deixada por Francelmo, que no próximo dia 21 completaria 66 anos. Sua memória, no entanto, permanece viva e na semana de seu aniversário uma série de atividades organizadas pela sociedade civil mobilizará a população. <br/><br/>Para o deputado estadual Roberto Orro (PDT), as homenagens que a sociedade presta a Francelmo representam muito para a afirmação de uma consciência crítica e sobretudo definida, dos sulmatogrossenses, sobre o tipo de desenvolvimento que desejam. “O exemplo de luta de Francelmo foi suficiente para garantir sua presença na história de um Estado que tem um dos mais belos e mais ricos patrimônios naturais do Planeta, o Pantanal, e que precisa ser preservado”, afirmou. <br/><br/>Orro foi autor do parecer contrário ao projeto governamental que pretendia abrir a região do Pantanal a investimentos sucroalcooleiros. Posto em votação na Assembléia Legislativa, o parecer foi aprovado por larga maioria e sepultou a proposta. No entanto, Roberto Orro chama a atenção para os perigos que ainda rondam o Pantanal e outros nichos do ecossistema estadual. “A implantação de usinas de álcool não é a única ameaça ao nosso meio ambiente. Todos os projetos industriais precisam ser revistos. Quando se trata de preservar recursos naturais, especialmente os não-renováveis, todo cuidado é pouco”, alertou.<br/><br/>O deputado observa que o Estado precisa de investimentos e de diversidade econômica, porém em harmonia com a biodiversidade. “Temos riquezas naturais abundantes que podem ser utilizadas e exploradas, mas de forma racional, dentro dos limites estabelecidos na ótica da sustentabilidade. Essa era a luta do Francelmo e essa é a luta de todas as pessoas que querem construir um progresso que seja sinônimo de prosperidade coletiva, qualidade de vida e preservação do meio ambiente”, enfatizou Orro. <br/><br/>“Por isso, é importante que as pessoas e a sociedade civil, principalmente escolas e sindicatos, participem das atividades em homenagem ao Francelmo", conclui. As homenagens começam nesta terça-feira, 18, em Campo Grande, com a preparação do calçadão da Barão, entre a ruas 13 de Maio e a Avenida Calógeras, a partir das 18 horas, pela AME Centro (Associação dos Moradores e Empresários do Centro), FUCONAMS, ECOA e FORMADES, local onde serão realizadas inúmeras atividades, e se estenderão até sábado, 22. <br/><br/>Em Brasília, nesta terça-feira, Francelmo receberá homenagem póstuma na sede da CNBB, às 10 horas. </font></div>
