<p>O chefe da unidade de farmacovigilância da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Murilo Freitas, ministra hoje no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, das 7h30 até 17h; juntamente com a Vigilância Sanitária Estadual, um treinamento sobre a Farmacovigilância para implantação do Programa Farmácias Notificadoras no Estado, para os farmacêuticos de Mato Grosso do Sul. </p><p>Farmacovigilância é ciência que permite a detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos por qualquer problema possível relacionados a medicamentos. O objetivo do trabalho é capacitar os profissionais para que os estabelecimentos funcionem como farmácias notificadoras, pois um projeto em trâmite na Assembléia Legislativa visa regulamentar o programa no Estado. Caso a proposta seja aprovada, a notificação passa a ser compulsória, e os farmacêuticos passarão a acompanhar pacientes que tomarem medicação e, desta maneira, poderão notificar problemas causados pelos medicamentos. </p><p>Mato Grosso do Sul poderá ser o primeiro Estado do País a ter a farmacovigilância regulamentada em lei, que prevê a notificação de eventos adversos e desvio de qualidade obrigatória em todas as farmácias e drogarias. Atualmente a farmacovigilância é aplicada em alguns estados, porém, a notificação é optativa, segundo o coordenador de Vigilância Sanitária Estadual, Marcio Cezar Toledo. </p><p>“A detecção precoce de reações adversas graves ou inesperadas, a identificação dos desvios da qualidade dos medicamentos comercializados quando há suspeita do envolvimento da saúde do usuário vão ter em breve as farmácias e drogarias do Estado como locais de notificação, para posterior envio à Vigilância Sanitária que irá fazer a investigação. O projeto agregará valor de utilidade pública aos estabelecimentos farmacêuticos”, justifica o autor do projeto, deputado estadual Sérgio Assis. </p><p>De acordo com o presidente do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Antônio José Paniago Neto, Tonzé, a aprovação do projeto de Lei do Deputado Sérgio Assis, possibilitará que farmacêuticos notifiquem à Vigilância Sanitária, casos de pessoas que apresentarem reações que não estejam previstas nas bulas. </p><p>“É um serviço a mais para a população”, ressalta Paniago Neto. Atualmente, o consumidor que tiver problema com algum medicamento precisa ir à Vigilância Sanitária Estadual notificar a situação. A estimativa é que mil profissionais, entre farmacêuticos, estudantes do último ano de farmácia e fiscais de Vigilância Sanitária, sejam capacitados. </p><p>No período noturno os proprietários de estabelecimentos farmacêuticos foram convidados a participar de uma palestra esclarecedora sobre o assunto às 19h30, no mesmo local. </p>
