<div style="text-align: justify;"><font size="2" style="font-family: verdana;">O deputado estadual Roberto Orro (PDT) lamenta que as discussões sobre as alianças em Mato Grosso do Sul estejam, ao menos por enquanto, centralizadas nas pessoas e nos partidos, sem que seja dada importância maior ou na mesma proporção aos compromissos programáticos. “Nomes e partidos são importantes, mas uma coligação, a meu ver, só tem sentido quando parte de uma condição programática, quando as forças que pretendem se unir discutem essa união em torno de princípios comuns, de afinidades conceituais”, analisou.</font><br/><br/><font size="2" style="font-family: verdana;"> Segundo Roberto Orro, o PDT faz questão de preservar seu primado histórico na hora de debater as alianças, lembrando que o trabalhismo forneceu ao país um legado de zelo à ética na política e de fidelidade à democracia representativa. “Juntar pessoas e partidos, num determinado momento, passa a ser uma tarefa menos complexa, sobretudo quando essa junção se apóia num contexto evidente de vantagem eleitoral e política. Mas, e depois? E quando essas forças estiverem governando, o que é que vai garantir que cumprirão, juntas, os compromissos programáticos? Não serão belos olhos, belas palavras ou belas histórias. Será apenas, e tão-somente, o grau de comprometimento de cada força com seus ideais e com os acordos programáticos pré-estabelecidos”, acrescentou Orro.</font><br/><br/><font size="2" style="font-family: verdana;"> Para o deputado pedetista, todos os partidos precisam dar maior visibilidade ao seu próprio ideário para que a opinião pública tenha a certeza de que as alianças são instrumento legítimo da política e não um jogo de interesses e de cartas marcadas para ganhar a eleição e lotear o poder. “Antes de dizer se fulano ou cicrano tem mais peso, se o partido A ou B tem mais voto, é necessário avaliar e sopesar qual o melhor programa de </font><br/><font size="2" style="font-family: verdana;">desenvolvimento sustentado para Mato Grosso do Sul, qual a melhor forma de preservar os acertos do atual governo e de evitar seus erros, qual a postura da coligação para responder às exigências da ética, da moralidade e da competência. A política de qualidade se faz com idéias e coerência programática. Sem isso, a política e os políticos continuarão sendo mal avaliados pela opinião pública”, concluiu Roberto Orro. </font></div>
