Teruel defende maior participação das mulheres no poder político

03/08/2006 - 11:07 Por: Talitha Moya

Giuliano Lopes <IMG height=153 hspace=10 src="/Portals/0/Documentos/teruel-interna.jpg" width=230 align=left vspace=2 border=0>O deputado estadual Pedro Teruel(PT) defendeu na sessão de hoje, dia 3, na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o estabelecimento de cotas na representação política para garantir a efetiva participação das mulheres. De acordo com ele, o espaço na política deve ser de 30% para cada gênero nos parlamentos brasileiros. 
Ele destacou a matéria do jornal Correio do Estado do último dia 31 de julho intitulada "Participação feminina está longe do ideal de igualdade na política". Segundo o deputado e presidente da Comissão dos Direitos Humanos na Casa, a reportagem mostra que o espaço da mulher nos poderes está muito longe do que deveria ser. "As mulheres são 51% de todo eleitorado brasileiro, sendo que dessas, somente 8% ocupa lugar nos órgãos legislativos do País", disse Teruel. Esses números revelam, na opinião do parlamentar,"uma desigualdade de gênero inaceitável".
Durante o discurso na tribuna, o parlamentar falou sobre a importância de uma reforma política no País. Para ele, "a mudança será o momento exato para que a questão da igualdade de representação seja abordada". Sobre o compromisso em diminuir as diferenças entre os gêneros no poder político, o petista afirmou que o Brasil não tem cumprido o que prometeu. "As mulheres que têm a mesma capacidade e competência para as funções públicas ainda sofrem por receber 40% a menos de salário que os homens", lamentou.
Um dos principais problemas, conforme explicou o deputado, é a pouca estrutura econômica e financeira das mulheres para enfrentar as campanhas eleitorais. De acordo com Teruel, os investimentos dados a elas são bem menores que os oferecidos aos homens. "É necessário que lhe seja dada o poder real para se eleger", disse. 
Outra questão apontada pelo parlamentar foi em relação a maior visibilidade dos candidatos do sexo masculino. Na observação dele, "como o espaço político é preenchido na maioria pelos homens, isso acumula bens que os deixam mais evidentes para as próximas campanhas". Segundo o deputado, é importante que todos os setores da sociedade, mulheres e homens, reconheçam a  cota como uma questão de justiça. "Que todos se engajem na luta pela Reforma Política e pela igualdade da representação política para que a nossa democracia não seja distorcida", finalizou.

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