Deputados ouvem população e juntam documentos à CPI da Enersul
11/06/2007 - 12:07
Por: Vanda Moraes
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Ao abrir os trabalhos na Câmara Municipal de Dourados, o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), esclareceu os objetivos da reunião e colocou a tribuna à disposição de quem quisesse apresentar suas reclamações. Mais de 20 pessoas usaram a tribuna. Deputados, vereadores e o público presente puderam ouvir relatos como o de Édia Maria da Rosa Castilho, dona de casa, moradora do bairro João Paulo II, na periferia de Dourados.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Ela contou que sua residência tem apenas cinco cômodos e que mora com o marido e a mãe. Édia disse que não tem eletrodomésticos de alto consumo de energia como freezer, e que o ar condicionado há dois anos não é utilizado. Mesmo assim, sua conta de luz chega a R$ 300,00. ?No meu bairro há casas mais humildes, de famílias mais pobres, e a conta deles chega a ser de R$ 200,00. Eu vim aqui para dizer que eu não me sinto lesada, me sinto roubada com essa conta abusiva?, declarou.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Líderes comunitários, empresários, moradores de vários bairros, da reserva indígena, e representantes de entidades como a Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), também fizeram uso da palavra. A cada depoimento, o deputado Paulo Corrêa solicitou que fossem providenciadas cópias das contas de energia para anexar à documentação da CPI.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Inmetro</STRONG> - Entre as sugestões apresentadas durante a audiência pública, está a de que o Inmetro faça a aferição dos medidores de consumo de energia e dos aparelhos eletrônicos utilizados para a leitura. O deputado Paulo Corrêa informou que já entrou em contato com o órgão para solicitar essa colaboração.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Considerações</STRONG> - Ao utilizarem a palavra, tanto os vereadores de Dourados quanto os deputados presentes se mostraram sensíveis à situação, que classificaram de insustentável. "Ninguém agüenta pagar", declarou o deputado Paulo Corrêa, observando que a média das contas de energia na Estado fica em torno de 50% de um salário mínimo.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Para o deputado Pedro Teruel (PT), essa é uma "angústia antiga". "Esta não é a primeira tentativa da Assembléia no sentido de resolver esse problema. A Enersul aponta que tem um ativo imobilizado que precisa ser remunerado, mas é preciso lembrar que em Mato Grosso, por exemplo, os preços da energia são menores que aqui", ponderou.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Já os deputados Dione Hashioka (PSDB) e Ari Artuzi (PMDB) lembraram a importância de ouvir as reclamações da população no sentido de colher subsídios reais para os trabalhos da CPI.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Para o deputado Paulo Duarte (PT), vice-presidente da CPI, os parlamentares têm a responsabilidade de buscar soluções para a situação e "por isso é importante a participação popular e política".</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>O relator da CPI, deputado Marquinhos Trad (PMDB), falou sobre as expectativas geradas pelo trabalho da CPI e remeteu a origem do problema à privatização do setor energético, em 1997. "A empresa visa lucro, e não estamos enfrentando uma empresa pequena. O trabalho da CPI é importante porque é preciso primeiro conhecer esse 'adversário', e mesmo que não resulte na queda imediata dos preços, estamos avançando por esclarecer os mecanismos de atuação desse setor", considera.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><IMG height=145 hspace=10 src="/Portals/0/CPI%20ENERSUL/11-06-2007cpi-interna.jpg" width=209 align=left vspace=2 border=0>O presidente da Câmara Municipal de Dourados, vereador Carlinhos Cantor (PR), se prontificou a criar na Casa uma Comissão Especial para acompanhar e auxiliar os trabalhos da CPI da Enersul. Representantes de outros dois municípios - Rio Brilhante e Amambai - solicitaram a realização de audiências públicas naquelas cidades. Outras duas audiências já estão confirmadas: em Corumbá, dia 18 às 14h, em Nova Andradina dia 22 às 19hs, e em Ponta Porã, ainda sem data definida.</FONT></P>
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