Coronel Ivan nega acusações e diz ter provas de inocência

19/06/2007 - 11:50 Por: Edivaldo Bitencourt   

<P align=justify><FONT face=Verdana size=2><FONT size=1><EM>&nbsp; Giuliano Lopes</EM></FONT><BR><IMG height=153 hspace=10 src="/Portals/0/19-06-07-plenario-interna.jpg" width=230 align=left vspace=2 border=3>O deputado estadual Coronel Ivan (PSB) ocupou a tribuna para se defender das acusações, divulgadas pela imprensa com base em conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Durante o discurso, feito no espaço cedido pelo corregedor da Assembléia, deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB), o&nbsp;deputado negou todas as acusações e afirmou ter provas testemunhais e documentais para provar sua&nbsp;inocência. &nbsp;</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"Não sou e jamais fui proprietário de máquinas caça-níqueis. Não partilhei e nunca recebi dinheiro da venda de máquinas (caça-níqueis) ou da sua exploração mercantil", afirmou Coronel Ivan. "Tenho como provar e vou provar através de testemunhas e documentos que jamais me associei a contraventores que exploram máquinas caça-níqueis", destacou.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Ele frisou que no processo constitucional, terá condições de "desmentir o conteúdo de frases colhidas aleatoriamente em interceptções telefônicas", disse. "Não posso aceitar em silêncio e resignadamente, a tentativa de linchamento moral e execreção pública contra mim, no momento em que sequer fui notificado para apresentar defesa em processo administrativo, ético ou eventualmente criminal", disse.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Destacou ainda que a defesa poderá ser feita no Poder Judiciário, que "permite o princípio do contraditório, impede visões parciais e posições preconcebidas". "É lá, no Poder Judiciário, com a oitiva de todos os envolvidos, inclusive os citados direta ou indiretamente, como o próprio presidente Lula pelo seu irmão Genival Inácio da Silva, que a verdade dos fatos poderá ser encontrada", afirmou, citando as gravações em que o irmão do presidente da República é citado.</FONT></P>
<P align=justify><FONT size=2><FONT face=Verdana><STRONG>COMANDANTE DA PM</STRONG> - Coronel Ivan explicou que a Polícia Federal fez milhares e milhares de horas de gravações. "Não houve qualquer gravação que apontasse com segurança o meu nome como autor ou partícipe de crime de corrupção, tráfico de influência, contrabando ou outro crime qualquer contra a administração pública", afirmou. Falou que o diálogo divulgado pela imprensa foi "um diálogo pinçado e apresentado fora do seu contexto".</FONT></FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Após lamentar a sua citação nas gravações, o deputado destacou o seu trabalho como comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul na gestão de Zeca do PT. " Quem tiver o trabalho de pesquisar ... minhas ações como comandante-geral da Polícia Militar, poderá constatar inúmeras operações de combate ao jogo ilegal, sem distinção de lugar, pessoas ou modalidades de contravenção", lembrou.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"Não peço caridade. Não peço piedade. Estou lutando pelo direito de poder exercer o meu direito à defesa dentro de um clima de serenidade e respeito à presunção de inocência", disse. Com 32 anos da vida dedicados ao serviço público federal e estadual, o Coronel Ivan disse que "não é justo ser banido, execrado e&nbsp;desterrado do respeito e da consideração de meus pares, sem que me seja garantido, na instância competente, o constitucional direito ao contraditório".</FONT></P>
<P align=justify><FONT size=2><FONT face=Verdana><STRONG>SIGILOS</STRONG> - Ele anunciou que os seus "sigilos bancários, postal e fiscal estão à disposição para quaisquer investigações, da mesma maneira como abro a minha vida para ser esmiuçada, pois esta é a única forma de defesa de quem, injustamente acusado, não tema a descoberta da verdade, porque ela vai retratar a lisura do meu comportamento".</FONT></FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Criticou o uso indiscriminado de escutas telefônicas pela Polícia Federal. "Hoje, com a massificação indiscriminada deste expediente investigatório, não são apenas os culpados que estão temendo, os inocentes e os mais expostos publicamente, que nenhum crime praticaram, também ficam vulneráveis, pois a citação indevida do nome de um inocente por terceiro de má fé, que sabe estar sendo monitorado já é o bastante para envolvê-lo", disse.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"Chegamos a um ponto em que a prova de interceptação telefônica não é uma questão entre culpados e inocentes, mas entre sortudos e azarados, porque existem inocentes azarados que foram colhidos por frases editadas e evocadas em contexto diverso das investigações", justificou. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"Não vou sucumbir diante da intolerância e dos interesses daqueles que querem me condenar sem antes me dar o direito a defesa", alertou. "Vou lutar até o fim para provar que sou inocente e que o meu mandato não será conspurcado pela sanha criminosa dos caluniadores da minha honra", prometeu. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Ao concluir o discurso, o parlamentar disse que não foi notificado nem ao menos sabe de qual crime é acusado. Destacou ainda que a "história é repleta de erros judiciários cometidos em função de provas que quis o destino recaísse sobre mim". Em seguida, citou casos históricos de injustiças, como contra o deputado federal Ibsen Pinheiro, o ex-ministro da Saúde, Alceni Guerra, e a Escola Base, de São Paulo.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Pediu aos deputados e deputadas, para que não se acovardam diante da pressão "que querem o Parlamento acuado e refém de interesses estranhos". Solicitou, ainda, o cumprimento da Constituição Federal que "não permite a execração pública, não aceita o linchamento moral, repele as decisões oportunistas e é inimiga número um da presunção de culpa". </FONT></P>
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