Nelsinho tenta "angariar" emendas de deputados a Capital

Imagem:
21/10/2008 - 10:25 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Higa

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), compareceu à Assembléia Legislativa nesta terça-feira (21/10) para tentar "angariar" junto aos deputados estaduais recursos provenientes das emendas ao Orçamento Estadual 2009.

Nelsinho conversou com cada parlamentar solicitando apoio na destinação de emendas com o objetivo de reformar e ampliar o Centro de Especialidades Médicas (CEM). Para tanto, segundo o prefeito, são necessários R$ 9 milhões, a serem investidos também na aquisição de materiais e equipamentos.

Ele informou que 22 deputados se comprometeram com algum montante das emendas que lhes cabem ao Orçamento. "A receptividade foi a melhor possível, conseguimos R$ 2,4 milhões, o que vale a melhoria do atendimento prestado à população", disse Nelsinho.

Segundo o prefeito, os deputados Antonio Braga (PDT) e Marquinhos Trad (PMDB) estão entre os que destinarão as maiores quantias. "O Braga disse que nos ajudará com R$ 500 mil e o Marquinhos, com R$ 400 mil", contabilizou.

Cada deputado estadual tem direito de definir a aplicação de R$ 500 mil do Orçamento Estadual, por meio de emendas. A Peça Orçamentária já tramita na Assembléia Legislativa.

O deputado Pedro Kemp (PT) disse que ajudará Campo Grande, com montante a ser definido, mas também cobrou apoio de Nelsinho para interceder, junto ao governador André Puccinelli (PMDB), solicitando aumento do valor das emendas individuais. "Precisaríamos de pelo menos R$ 750 mil", apontou Kemp.

Também foi repassada aos parlamentares durante a sessão ordínária lista com possíveis contribuições em emendas para a Santa Casa de Campo Grande. No documento, Nelsinho solicita colaboração de R$ 50 mil por deputado.

ICMS - O prefeito de Campo Grande pediu o apoio dos parlamentares para a não aprovação do Projeto de Lei Complementar 03/07, do deputado Junior Mochi (PMDB), que altera os critérios do rateio de 25% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os 78 municípios de Mato Grosso do Sul.

Nas contas de Nelsinho, a Capital perderá até R$ 500 mil todos os meses caso seja aprovado o projeto, que ficou conhecido como Lei Robin Hood - já que prevê transferência de parte do ICMS dos maiores municípios para os considerados mais pobres.

"Não podemos abrir mão de receita, o projeto é ruim para Campo Grande", resumiu o prefeito. Ele informou que convocará os prefeitos de Três Lagoas, Paranaíba e Dourados para que se unam à mobilização pela não aprovação da proposta.

Para Nelsinho, o projeto deve ser amplamente debatido. "Tem que buscar soluções com a ajuda de todos, incluindo o governo federal e o governo estadual, não pode colocar todo o ônus para os municípios", disse.
Segundo ele, 14 dos 24 deputados se comprometeram hoje a votar contra o projeto.

O autor da proposta, deputado Junior Mochi, reiterou que a intenção é beneficiar 61 municípios. "São cidades que hoje sofrem com critérios desiguais. Também estamos nos mobilizando juntamente com esses prefeitos pela aprovação do projeto", informou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.