Teixeira defende contratação de seguranças por produtores

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) defendeu a contratação de empresa privada de segurança pelos produtores rurais para evitar a invasão de propriedades pelos índios. Ele ocupou a tribuna explicações pessoais da sessão ordinária desta terça-feira para rebater as acusações feitas pelo coordenador regional do Conselho Indiginista Missionário (CIMI), Egon Heck.

Para justificar o armamento dos proprietários rurais, ele afirmou que existem 32 fazendas ocupadas pelos índios. Apesar dos mandados de reintegração de posse, eles não são retirados pela Polícia Federal. "O produtor deve defender o que é seu, a legalidade e a propriedade", recomendou o democrata.

Ele disse ainda que "quem não defende o que é seu, não merece ter". "Não admita pessoas estranhas em sua propriedade", alertou o parlamentar, sobre os boatos de que índios preparam uma grande onda de invasões em abril deste ano.

Zé Teixeira ainda condenou o coordenador regional do CIMI, Egon Heck, que criticou a contratação de seguranças e o apoio do governador André Puccinelli (PMDB) à classe produtora. "Eu quero condenar publicamente o Egon Heck", afirmou na tribuna.

Ele comentou ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou legal a demarcação contínua de 1,7 milhão de hectares da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. Sobre os 19 pontos, o parlamentar criticou a proibição de arrendamentos. Citou como exemplo a etnia Pareci, no Mato Grosso, que fez parceria para o plantio de soja e conta com R$ 2 milhões na conta corrente. Mas aprovou o item que proíbe a ampliação das reservas já demarcadas.