Trad cobra transparência em negociação sobre venda da Enersul

O deputado estadual Marquinhos (PMDB) voltou a falar, no grande expediente da sessão ordinária desta quinta-feira, sobre a compra da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) pela Cemig, estatal de Minas Gerais. Ele cobrou transparência na eventual transação comercial.

Para o parlamentar, a venda dos ativos da concessionária sul-mato-grossense pelo Grupo Rede deveria ser transparente. Principalmente, porque a Enersul ainda não concluiu a devolução dos cerca de R$ 150 milhões cobrados irregularmente após erro na revisão tarifária de 2003.

Marquinhos Trad citou matéria do Campo Grande News, em que a Cemig confirma a negociação para adquirir a Enersul e todos os ativos do Grupo Rede. Em maio deste ano, a Enersul convocou entrevista coletiva para negar a venda.

Desemprego - Trad lamentou o desemprego causado com a privatização da empresa, ocorrido em 1997, na gestão de Wilson Barbosa Martins (PMDB). Antes da venda, a Enersul tinha 2.150 funcionários.

Atualmente, 12 anos depois, a concessionária emprega cerca de 750 pessoas. Além disto, conforme Trad, o estado tem tido prejuízos com a terceirização, porque o Grupo Rede tem contratado empresas de São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Mato Grosso.

Líder do Governo, o deputado Youssif Domingos (PMDB), afirmou, em aparte, de que a situação merece ser melhor acompanhada. Ele disse que pode existir alguma coisa de errado com a Enersul, já que é uma das poucas empresas de energia elétrica do País a trocar o controle acionário três vezes em pouco tempo.