Para Amarildo, redução de jornada moderniza relações de trabalho

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) defendeu, na tarde desta segunda-feira (21), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas em todo o Brasil.

Para o parlamentar, que propôs a audiência pública Redução da Jornada Semanal de Trabalho, a mudança contribuirá para "modernizar as relações de trabalho no Brasil". "E não é somente a remuneração; isso representa o reconhecimento dos trabalhadores", disse Amarildo Cruz.

Segundo ele, a redução da jornada semanal de trabalho será determinante para o fortalecimento da economia brasileira, do mercado consumidor, e permitirá ao trabalhador mais tempo para buscar a qualificação profissional.

É o que também defendeu o vice-presidente da Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira. Ele afirmou que a mudança beneficia diretamente a classe trabalhadora e suas famílias e, justamente por isso, vem enfrentando resistência entre o empresariado. "São os trabalhadores que ajudaram o país a sair da crise; já devia ser 40 horas semanais há muito tempo", enfatizou.

A Constituição de 1934 estabeleceu a jornada de 48 horas semanais de trabalho para os brasileiros. Foi somente em 1988, que esta passou a ser de 44 horas. A PEC 231/05, em discussão no Congresso, prevê a redução em mais quatro horas, fixando a jornada em 40 horas semanais. "Chega de sufoco, queremos uma vida melhor para todos os companheiros", afirmou Oliveira.

Também participam da audiência pública, no Plenário Júlio Maia, o deputado estadual Pedro Teruel (PT), líder da bancada do partido na Casa de Leis, e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Superintendência Regional de Trabalho e Emprego, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio) e Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems).