ZEE torna MS mais competitivo, diz coordenador

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Sérgio Seiko Yonamine
09/12/2009 - 17:14 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Roberto Higa

O diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Agepan), Sérgio Seiko Yonamine, que coordena o Programa de Gestão Territorial do Estado de MS (PGT/MS), defendeu nesta quarta-feira (09), durante audiência pública na Assembleia Legisaltiva, o projeto de lei nº 176/09, do Executivo, que institui o programa e aprova a Primeira Aproximação do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de MS (ZEE/MS). A proposta foi aprovada em primeira votação no dia 1º de dezembro.

Yonamine detalhou a metodologia do trabalho realizado até o momento, que traçou um diagnóstico das potencialidades econômicas de cada região do Estado. O objetivo é reunir informações que subsidiem projetos estratégicos em cada localidade.

"Temos que garantir uma ocupação equilibrada do nosso espaço geográfico, com a preservação do meio ambiente, priorizando o desenvolvimento sustentável", disse. "Isso tornará Mato Grosso do Sul cada vez mais competitivo", complementou.

Ele explicou que foi concluída a primeira etapa do trabalho, com o levantamento de dados históricos relacionados à ocupação populacional de Mato Grosso do Sul e da vocação econômica de cada região.

A segunda etapa, com execução prevista para 2010, visa aliar as informações a projetos estratégicos que alavanquem o desenvolvimento local. A última fase, prevista para 2011, terá como objetivo garantir o zoneamento em cada município.

Para Yonamine, o levantamento é um retrato detalhado do Estado, que permitirá o planejamento de novas ações, mais focadas e, portanto, com mais chances de êxito, além de alternativas para contornar as vulnerabilidades - sejam econômicas, sociais ou climáticas.

Concentração x descentralização

O coordenador informou que 70% da população de Mato Grosso do Sul estão concentrados em uma faixa central que abrange Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. "É a área mais atraente e competitiva, onde há a melhor infraestrurura e, se não for feito nada, há a tendência de concentração cada vez vez maior, o que nos deixará cada vez mais encrencados", alertou.

Segundo o coordenador, o ZEE permite ao Estado elaborar políticas compensatórias que estimulem as demais regiões, descentralizando investimentos e instalação de novas empresas - gerando emprego e renda.

Usinas

Yonamine enfatizou que o ZEE não trata exclusivamente do plantio de cana-de-açúcar e a instalação de usinas na Zona do Alto Taquari, na Bacia do Alto Paraguai (BAP), mas informou que o levantamento atesta a viabilidade dos empreendimentos.

"Verificamos que é possível o cultivo da cana e a instalação de usinas, para produção de etanol, na Serra de Maracaju e no Alto Taquari, sem prejuízos ambientais, bem como a instalação de indústrias de beneficiamento de algodão e soja", reiterou.
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