Comissão pede auditoria para levantar outros casos de violência

Imagem: Deputado Laerte Tetila, presidente da Comissão de Direitos Humanos, conversou sobre casos de violência no comércio da Capital com delegada.
Deputado Laerte Tetila, presidente da Comissão de Direitos Humanos, conversou sobre casos de violência no comércio da Capital com delegada.
05/05/2011 - 17:00 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Wagner Guimarães

A Comissão Permanente de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul irá solicitar uma auditoria nos boletins de ocorrências registrados nos últimos anos para verificar quantos casos de violência já aconteceram dentro das Lojas Americanas.

O presidente da comissão, deputado estadual Laerte Tetila (PT), esteve na tarde desta quinta-feira (5/5) na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para obter mais informações com a delegada Daniella Kades sobre a denúncia de violência contra o vigilante Márcio Antônio de Souza, de 33 anos, ocorrida no dia 23 de abril, dentro das Lojas Americanas.

Márcio Antônio foi acusado por um segurança de ter furtado um ovo de páscoa da loja. Sem poder dar explicações, foi levado para uma sala reservada e acabou sendo espancado. Na delegacia, o deputado confirmou outros crimes ocorridos no mesmo estabelecimento comercial, sendo um deles contra duas crianças com necessidades especiais.

Na próxima semana, Tetila irá solicitar ao coordenador do Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), delegado Jefferson Nereu Luppe, uma auditoria nos boletins de ocorrências. “Por meio do banco de dados da Polícia Civil, pretendemos obter informações sobre os crimes da mesma natureza dentro das Lojas Americanas”, afirmou.

Caso agressão física seja prática costumeira dentro do comércio, a comissão acionará o Mistério Público Estadual. “Constatados os crimes, vamos solicitar que o Ministério Público firme um Termo de Ajuste de Conduta entre a diretoria das Lojas Americanas, Comissão Permanente de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos e Polícia Civil”, explicou Tetila.

Orientação – Somente a autoridade policial, se tiver fundadas razões para suspeitar de um indivíduo, é quem pode empreender a revista pessoal. Deste modo, se um comerciante ou segurança suspeitar de um cidadão, o correto é acionar a polícia. “Caso o cidadão sofra constrangimento ilegal, procure a polícia para registrar a ocorrência. Só assim, poderemos evitar que ocorram crimes como estes”, orientou a delegada Daniella Kades.

Para Tetila, os consumidores devem exigir que as redes de supermercado contratem funcionários qualificados. “É lamentável o que aconteceu nas Lojas Americanas. Ao invés da truculência, os seguranças das redes de supermercados devem oferecer aos seus clientes uma acolhida humanizada”, disse o parlamentar.
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