Centro de Saúde promove discussão sobre família e drogas

Imagem: O evento foi organizado pelo Centro de Saúde da ALMS.
O evento foi organizado pelo Centro de Saúde da ALMS.
31/08/2011 - 14:58 Por: Assessoria de Comunicação - ALMS    Foto: Wagner Guimarães

A importância da família na dependência química foi o tema central das palestras e debates ocorridos na manhã desta quarta-feira (31/8) na Assembleia Legislativa. O evento foi organizado pelo Centro de Saúde da ALMS, sob a direção da fisioterapeuta Fabrícia Rezende de Rezende, com a parceria da Escola do Legislativo, coordenada pela professora-mestra Clarice Maciel de Sousa Chaves.

A médica psiquiatra e psicanalista Marila Teodorowic, diretora-clínica da Clínica Carandá; o médico Fabio Augusto Moron, um dos coordenadores da Fazenda da Esperança; e o advogado Fernando Orempuller Pulchério, coordenador regional para MS do Amor Exigente, grupo de prevenção ao uso e abuso de álcool e outras drogas, palestraram sobre “A Família e as Drogas – Como evitar que seus filhos adoeçam?”.

Empatia - A psicanalista Marila Teodorowic discorreu sobre o vazio deixado nos filhos pelas relações familiares da sociedade contemporânea, num paralelo com as famílias antigas “em que as mães faziam em casa o acompanhamento do filho e o pré-escolar. Entendiam só num olhar o sentimento mais íntimo dos filhos. Onde tinha uma vozinha que com um chazinho curava as dores do recém-nascido e uma ordem pelo olhar do pai era obedecida”.

Segundo ela, depois das transformações sociais - resultado das grandes guerras e do mundo industrial -, quando a mulher começou a trabalhar fora, a relação mãe-filho passou a ser quase terceirizada. “Hoje o vínculo empático, aquele que quando olha para o filho ou quando esse chora a mãe já sabe o que é, foi quebrado. Atualmente a criança chora, a nova mãe liga ao pediatra e nem sempre o que o médico indica corresponde ao desejo do bebê. Se a mãe não entende o sentimento da criança, ela cresce intuindo uma rejeição e insegurança e isso vai gerar o vazio que na adolescência tenta preencher com drogas”.

Para Teodorowic, uma das grandes dificuldades no tratamento desses pacientes é a relação familiar. “Raramente a família comparece às reuniões ou aceita as regras do tratamento. Isso cria conflitos nos jovens. A prevenção às drogas, então, é começar desde o nascimento, quando a mãe deve criar essa empatia com seus filhos ainda na amamentação”, conclui.

O evento desta quarta-feira foi dirigido aos servidores e fez parte das atividades do Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, criado pela Lei Federal 7.488 e comemorado em 29 de agosto.
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