Junior Mochi defende tolerância zero de álcool para motorista

Imagem: Mochi quer garantir mesmo tratamento às bebidas alcoólicas que é dado ao cigarro.
Mochi quer garantir mesmo tratamento às bebidas alcoólicas que é dado ao cigarro.
19/06/2012 - 11:53 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

Álcool e alta velocidade são explosivos ingredientes que têm matado milhares de pessoas no trânsito de Mato Grosso do Sul. Nos últimos 15 dias, a perigosa mistura já provocou três mortes somente na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Junior Mochi (PMDB) usou a tribuna na sessão desta terça-feira (19/6), para defender tolerância zero de álcool para condutores de veículos.

“Se nós não radicalizarmos, todos os dias discutiremos o assunto e vamos ver notícias de mortes no trânsito. Essa mistura danosa de álcool e excesso de velocidade tem aumentado o número de acidentes e drenado os recursos públicos. A Santa Casa gasta com as vítimas de trânsito cerca de R$ 6 milhões por mês, quantia superior a 60% do seu orçamento. Um enorme prejuízo para sociedade, sem falar dos danos às famílias das vítimas”, afirmou.

Para Mochi, é preciso implantar não só medidas preventivas, mas ações efetivas para redução do número de acidentes em decorrência da mistura álcool/alta velocidade. “Não podemos ficar inertes a esta situação que ocorre todos os dias nas ruas do Mato Grosso do Sul. Precisamos buscar soluções efetivas”, acrescentou.

O líder do governo sugeriu que a polícia de trânsito faça um mapeamento dos bares, boates e locais em que são realizadas festas. “A polícia tem que abordar os motoristas na saída das baladas. Acredito que seria um modo de mudar o comportamento dos motoristas.”

Garantir o mesmo tratamento às bebidas alcoólicas que é dado ao cigarro. Essa é outra sugestão dada por Mochi. No caso das motocicletas, Mochi defende a implantação de um corredor especial. “Uma faixa específica para as motos nas principais avenidas é uma medida importante na redução dos acidentes, uma vez que os motociclistas deixarão de fazer zigue-zague entre os carros”, explicou.

Em abril deste ano, Mochi realizou uma audiência pública para discutir crimes de trânsito e redução da mortalidade, que resultou na formação de uma comissão especial. “Todos os organismos que atuam na área do trânsito formam essa comissão. As propostas estão sendo estudadas e, no que estiver ao nosso alcance, vamos lutar pela implementação”, concluiu.
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