Academias deverão informar sobre perigo dos anabolizantes

Imagem: Deputado Jerson Domingos é autor do projeto de lei.
Deputado Jerson Domingos é autor do projeto de lei.
15/05/2013 - 17:18 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

Diminuir o uso indiscriminado dos anabolizantes é o principal objetivo do projeto de lei apresentado pelo deputado Jerson Domingos (PMDB), nesta quarta-feira (15/5), na Assembleia Legislativa. O parlamentar quer a afixação de cartazes nas academias de ginástica e estabelecimentos similares de Mato Grosso do Sul, contendo informações sobre as consequências desses produtos.

Conforme o presidente da Assembleia Legislativa, as placas deverão possuir dimensões mínimas de 0,80m x 0,50m, ser legíveis com características compatíveis e também afixadas em locais de fácil visualização ao público em geral.

Jerson explica que as campanhas promovidas pelo Estado, de combate e prevenção ao uso de drogas, deverão incluir divulgação sobre os efeitos nocivos à saúde pelo uso incorreto, em dose excessiva ou sem controle médico de substâncias anabolizantes.

Caso os estabelecimentos previstos descumpram as ordens impostas no projeto, estarão sujeitos à multa de R$ 2 mil, a partir da notificação; suspensão temporária das atividades, durante o prazo máximo de 30 dias corridos em caso de reincidência; e cassação do alvará de funcionamento, após 30 dias corridos da reincidência.

A fiscalização será feita pela Vigilância Sanitária e os valores arrecadados decorrentes de multa serão destinados ao Fundo de Saúde do Estado.

Anabolizante - Anabolizante significa substância que faz anabolismo, isto é, que gera crescimento, algo que muitas pessoas praticantes de musculação querem com rapidez e assim se iludem com as promessas dessas drogas, pondo em risco a própria vida. “O que se apresenta por fora é um corpo desenhado em músculos, mas por dentro um corpo que sofre, pronto para explodir a qualquer momento”, ressalta Jerson.

O problema, conforme o deputado, é que muitas dessas drogas podem ser obtidas legalmente em farmácias de manipulação, mediante receita médica. A maioria costuma ser conseguida ilegalmente do ponto de vista comercial, ou seja, contrabandeadas por pessoas que, para estimular a compra passam a receita do resultado milagroso, sem levar em consideração os malefícios, a dependência e até a morte.

“A ideia é que com a proposta as pessoas possam usar do bom senso e não fazer uso de tais drogas sem acompanhamento médico, uma vez que poucos sabem o que realmente são essas drogas, o que elas fazem e quais os verdadeiros efeitos colaterais”, pontua o parlamentar.
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