Fumantes podem largar o cigarro com ajuda do Centro de Saúde

Imagem: O cigarro contém 60 substâncias cancerígenas.
O cigarro contém 60 substâncias cancerígenas.
26/09/2014 - 16:41 Por: Fernanda Kintschner e João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

Os servidores fumantes da Assembleia Legislativa que desejam largar o vício podem procurar o Centro de Saúde da Casa de Leis. Uma equipe multidisciplinar está à disposição para ajudar gratuitamente. Basta ligar no (67) 3312-2100.

O interessado deve ligar para informar o nome e telefone. Se no mesmo período seis ou mais pessoas também se inscreverem, o Centro de Saúde oferece o atendimento em sua sede, na rua Boipeva, 184, no bairro Carandá Bosque I. Caso um número menor de pessoas se interesse, os mesmos são encaminhados para o Centro de Especialidades Médicas da Rede Pública de Saúde de Campo Grande.

Os pacientes são atendidos por médicos, psicólogos e assistentes sociais, uma vez por semana. Depois do período inicial, os encontros são quinzenais, até fechar o ciclo de um ano de acompanhamento.

“Esse novo processo do Ministério da Saúde com grupos terapêuticos com abordagens cognitivas tem sido muito acertada, porque só o medicamento não adiantava e muitos largavam o vício somente com conversas em grupos. Esse método associado tem sido eficiente também aos servidores da Assembleia”, explica a diretora-presidente do Centro de Saúde, Fabrícia Rezende de Rezende.

Vida sem cigarro - Assistente jurídica na Assembleia Legislativa, a servidora Maria Luiza Cerveira, 62, está sem fumar há três anos. Ela participou do programa em 2011, com duração de quatro semanas, sendo um encontro semanal.

“A cada dia era passada uma técnica para largar de fumar, no sentido de estimular os pacientes. Durante o processo eu não tomei medicação, só bebia água”, ressalta Maria, que fumou diariamente, por 49 anos, uma carteira de cigarro.

“Achei excelente o programa. Aonde vou, faço propaganda. Por meio dele vi que é possível parar de fumar”, reitera Maria Luiza.

Pesquisa - O Centro de Saúde fez uma pesquisa coordenada pelo diretor clínico Cezar Galhardo, com 334 servidores. Destes, 30,5% fumam, ou seja, 101 servidores são fumantes. A pesquisa foi feita e divulgada em abril de 2014 e constatou que 230 servidores não fumam.

“Tem pessoas que têm recaídas, aí precisa repetir o curso novamente, que são em três módulos. Mas no geral a gente vê um bom resultado e em primeiro lugar a pessoa precisa ter força de vontade. Não adianta vir para ver como é, precisa vir para querer largar o vício”, ressalta a assistente social do Centro de Saúde, Cleusa de Oliveira Mira.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o cigarro é uma droga que contém mais de 4700 substâncias químicas, 60 cancerígenas, que causam mais de 50 tipos de doenças, como cardiovasculares, câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, pulmão, bexiga, pâncreas e outros. “Também contribui para o mau hálito e a perda dos dentes”, informa Cleusa.
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