Trad se reúne com diretor da Aneel para tentar impedir tarifaço

Em mais uma rodada de discussão, nesta quarta-feira (11/2), em Brasília, dessa vez com o auditor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), José Jurhosa Junior, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) apresentou argumentos para evitar tarifaço de energia em Mato Grosso do Sul e conseguiu reunião com o diretor-geral da agência, Romeu Rufino.

“O auditor me ouviu e, diante das justificativas, que ele julgou pertinente, vai marcar uma reunião com o diretor-geral da Aneel e como o auditor André Peppitone, relator do processo de reajuste, previsto para vigorar a partir de 8 de abril no Estado”, contou Marquinhos.

No encontro com Jurhosa, o deputado destacou afirmação do diretor da Aneel, Tiago Correia, que informou que a conta bilionária do setor elétrico desde ano, que será repassada por meio de reajuste extraordinário para a maioria dos consumidores, será “significativamente” menor que a prevista.

De acordo com cálculos preliminares da própria Aneel, o consumidor teria de custear R$ 23 bilhões para cobrir gastos, que incluem os programas sociais. No entanto, segundo o diretor da Aneel, novo cálculo foi feito e apontou a redução “significativa”.

Além desse ponto, Marquinhos reforçou a necessidade de a Aneel conferir se a Energisa está realmente investindo tudo o que prometeu no plano de recuperação. Em Brasília, a empresa levou nota técnica com motivos do pedido de aumento. “Os dados são genéricos, cobramos mais detalhes para poder rebater as informações e evitar tarifaço”, frisou.

Ainda sobre os investimentos, Marquinhos justificou o temor por detectar que a energia cai no Estado em nível superior ao limite estabelecido pela Aneel. Além disso, observou a redução dos call centers. “Com poucos meses de administração, o Grupo Energisa diminui drasticamente o atendimento, aumentando o tempo de espera dos consumidores”, comentou.

Na reunião com o diretor-geral da Aneel, Marquinhos reforçará os argumentos na luta para reduzir previsão de reajuste de 35% a 40% em Mato Grosso do Sul. A tendência é nacional e já se confirmou em alguns estados. As empresas Jaguari, Mococa e Sul Paulista, por exemplo, ganharam da Aneel autorização para aumentar a tarifa de energia em média 45,7%, 29,2% e 28,3%, respectivamente.