Setor lácteo de MS quer incentivos para competir com outros estados

Imagem: Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite promoveu milk break para esclarecer aos deputados a atual situação do setor lácteo no Estado
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite promoveu milk break para esclarecer aos deputados a atual situação do setor lácteo no Estado
09/06/2015 - 10:44 Por: Karine Cortez    Foto: Victor Chileno

Acrescentar emenda coletiva à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) prevendo orçamento a ser investido na produção do leite, constituir programas de melhoramento genético do rebanho, qualificar pequenos produtores e inserir o leite em programas sociais foram algumas sugestões apresentadas por representantes da Câmara Setorial do Leite e produtores aos deputados estaduais para melhorar o setor. A reunião aconteceu nesta manhã na sala da presidência da Assembleia Legislativa, onde foi oferecid um milk break para a degustação de produtos à base de leite.

Este é o terceiro ano consecutivo que acontece o milk break na Assembleia Legislativa, desde que foi sancionada a lei 4.409, de 30 de setembro de 2013, que inseriu no calendário oficial de eventos do Estado a Semana Sul-Mato-Grossense do Leite. A lei é de autoria do deputado estadual Junior Mochi (PMDB), presidente da ALMS.

“Trata-se de um ato simbólico que representa a importância do leite tanto para a saúde da população como para o desenvolvimento do nosso Estado através de sua produção. Temos em Mato Grosso do Sul cerca de 24 mil produtores de lei que devem ter incentivos e qualificação”, salientou Mochi.

O diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini, disse que a produção do leite no Estado está entre as cinco metas da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda). “Temos bons produtores, mas ainda temos que evoluir nas técnicas de produção no inverno. Nesse período acabamos não conseguindo concorrer com outros estados e nos falta produto no mercado”, disse Elnelvo.

O presidente da Câmara Setorial do Leite em MS, Rodney Guadaguinin, concordou com Enelvo e acrescentou que sobra leite no verão e falta no inverno. “Temos que trabalhar melhor a logística para não perder na concorrência”, enfatizou.

Programa de melhoramento genético foi citado pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, deputado estadual Marcio Fernandes (PTdoB). “Para produzirmos um leite de qualidade e em maior quantidade, temos que melhorar as condições do nosso rebanho auxiliando na reprodução animal também. Tudo isso junto ao governo do Estado”, salientou o parlamentar.

Já o deputado estadual João Grandão, vice-líder do PT, propôs a emenda à LDO e a assentada e produtora de leite, em Terenos, Lucilha de Almeida, disse que inserindo o leite em programas sociais de hospitais e creches o governo estaria consumindo cerca de 25% da produção e já ajudaria na venda do produto.

Também participaram do milk break os deputados Paulo Corrêa (PR), Zé Teixeira (DEM), Felipe Orro (PDT), Eduardo Rocha (PMDB), Onevan de Matos (PSDB), Renato Camara (PMDB) e Beto Pereira (PDT).
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