Agenda: AL faz encontro de filhos separados de pais com hanseníase
Na década de 1990 muitos filhos foram separados dos pais com a doença e depois da cura nunca se encontraram
26/06/2015 - 14:15
Por: Fernanda Kintschner
Foto: Arquivo ALMS
O evento é uma parceria com o Morhan (Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase) e tem por objetivo reunir os que foram separadas de seus pais na década de 1990, sensibilizar a população e o governo federal, além de alertar que a hanseníase é uma doença que possui tratamento e cura. O coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio Moreira de Souza, estará presente e a reunião é aberta a toda população.
Segundo informações do Movimento, a separação das famílias atingidas pela hanseníase era imposta como forma de evitar o contágio e os filhos eram levados para educandários ou entregues a outras famílias. Muitos desapareceram, segundo levantou a assessoria do deputado com o Morhan. Depois de liberados, muitos pais que buscaram seus filhos nunca os encontraram.
Para o deputado estadual Amarildo Cruz, a luta é legítima. "Naquela época, os portadores da hanseníase eram 'caçados' pela Guarda Sanitária e isolados de seus familiares. Muitas dessas pessoas nunca mais reviram seus entes queridos. É justo que eles sejam indenizados por isso, embora o trauma psicológico não tenha como ser ressarcido", explica.
A agenda ainda conta com a reserva do plenarinho na terça-feira (30/6) a tarde para CPI da Enersul/Energisa, caso a Justiça conceda permissão para voltar após recurso dos membros e depois da sessão plenária para a reunião da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação). O local também está reservado na quarta-feira (1/7) para o encontro das comissões permanentes que desejarem se reunir no dia.
Na sexta-feira (3/7) o plenarinho recebe a audiência pública “Monitoramento das Violações dos Direitos Humanos em MS”, proposta pelo deputado Pedro Kemp (PT), que começa às 9h e continua durante a tarde. Pela manhã ocorrerão palestras, uma delas pelo consultor da Organização das Nações Unidas, Enéas Rosa, e no período vespertino oficinas aos participantes. Serão 15 eixos de atuação: questões indígenas, mulheres, situação população carcerária, criança e adolescente, comunidade quilombola, LGBT, pessoas com deficiências, mulheres camponesas, juventude, população em situação de rua, entre outros.
*Com informações das assessorias dos deputados Pedro Kemp e Amarildo Cruz
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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