Ex-gerente do Centro de Saúde de Campo Grande pede apoio a deputados

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Para Renata, faltam atrativos aos pediatras para atuarem na rede pública
24/11/2015 - 13:02 Por: Fabiana Silvestre e Christiane Mesquita    Foto: Roberto Higa

A farmacêutica Renata Guedes Alves Allegretti, ex-gerente do Centro Municipal Pediátrico (Cempe) de Campo Grande – atual Pronto Atendimento Integrado (PAI) – ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão desta terça-feira (24/11), para solicitar apoio dos deputados estaduais. “Por que não podemos ter algo de bom para a população? Gostaria de ver no que os senhores deputados podem ajudar”, disse. Renata criticou o atendimento oferecido atualmente na rede pública para as crianças que precisam e disse que o atual PAI conta com apenas um pediatra, diferentemente do Cempe, que dispunha de 42 profissionais.

“Consegui levar os profissionais comigo e muitos saíram quando eu saí, em fevereiro deste ano, por questões políticas, mas o que fazíamos era um atendimento humanizado às crianças e eu falo aqui como técnica, como a responsável pelo projeto e gerenciamento do Cempe”, disse Renata. Segundo ela, o Cempe contabilizava, em média, 500 atendimentos diários. “Para onde vão as crianças agora?”, questionou.

Para a ex-gerente, faltam atrativos para os pediatras atuarem na rede pública, como justa remuneração e realização de concursos. Ela também chegou a sugerir, caso a Prefeitura não retome as atividades do Cempe, a criação de uma fundação, vinculada ou não ao Executivo Municipal, com os mesmos serviços às crianças.

Também na tribuna da Casa de Leis, o deputado Lidio Lopes (PEN) lamentou o atendimento em saúde oferecido pelo município de Campo Grande. "Esse Pronto Socorro Infantil não poderia ter sido fechado, já era uma conquista da população, que, nos momentos em que mais precisava do serviço de pediatria, de madrugada, quando não há médicos nos Postos de Saúde, tinha esse atendimento integrado", disse. "Também estou muito triste com o fechamento do hospital Nosso Lar, que atende os casos psiquiátricos, psicológicos e de dependência química, por falta de repasse do município", completou o parlamentar.

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