Sessão Solene celebra Dia da Comunidade Libanesa na Assembleia Legislativa

Imagem: Imigrantes libaneses são homenageados anualmente na Casa de Leis
Imigrantes libaneses são homenageados anualmente na Casa de Leis
22/11/2016 - 07:46 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Wagner Guimarães

O Dia da Comunidade Libanesa será comemorado nesta terça-feira (22/11), a partir das 19h30, na Assembleia Legislativa. A celebração foi instituída pela Lei estadual 3.438/2007 e marca as festividades em homenagem aos libaneses com reconhecidas contribuições ao desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. “A comunidade libanesa é feita por pessoas que têm vontade de trabalhar e de vencer, além de fortes sentimentos de tolerância, solidariedade e hospitalidade. A história do Brasil e Líbano foi o casamento certo do Pau-Brasil com o cedro”, afirmou o deputado Marquinhos Trad (PSD), que propôs a solenidade.



“A origem do nosso povo é bíblica, vem desde o começo da escrita. Minha família, por parte de pai, vem de Zahley. Meu avô foi o único sobrevivente de um atentado que exterminou quase toda a família dele. Ele se escondeu e veio parar em São Paulo, depois Corumbá, Nioaque, Jardim e em Aquidauana conheceu a então senhorita Maksoud. É uma honra poder homenagear toda esta comunidade”, lembrou Marquinhos. Durante a sessão solene também será entregue o prêmio Independência do Líbano a personalidades e entidades que tenham se destacado no contexto sociopolítico, econômico e cultural do Estado. 



A comunidade libanesa que vive no Brasil, formada na maioria por descendentes, é maior do que a população do Líbano. São quase 10 milhões de libaneses e descendentes em território brasileiro, contra 3,5 milhões que vivem no país. Em 1880, o primeiro navio com libaneses deixou o porto de Beirute, com tripulação estimulada pelo imperador Dom Pedro II, que visitara o país quatro anos antes. A maioria dos libaneses imaginava estar viajando para os Estados Unidos, porque o Brasil era praticamente desconhecido. Os estados que mais receberam imigrantes libaneses foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Goiás. Como chegavam com o passaporte otomano, eram chamados de "turcos", denominação aplicada até hoje aos árabes e seus descendentes em parte do Brasil.

 

* Com informações da Agência Senado. 

 

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