Sindicalistas da segurança pública pedem apoio dos deputados

Imagem: Coronel Iacir Azamor, Deputado Coronel Ivan e Edmar Soares da Silva
Coronel Iacir Azamor, Deputado Coronel Ivan e Edmar Soares da Silva
30/04/2009 - 10:44 Por: Edivaldo Bitencourt    Foto: Giuliano Lopes

Representantes de quatro entidades dos servidores da segurança pública ocuparam a tribuna, na sessão ordinária desta quinta-feira, para pedir o apoio dos deputados estaduais. Eles reclamam da falta de diálogo do governador André Puccinelli (PMDB), pedem a reposição da inflação e política salarial de longo prazo. Eles falaram a pedido do deputado estadual Amarildo Cruz (PT).

Primeiro a falar, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Paulo Flávio Carvalho, destacou o não cumprimento de acordo firmado no ano passado pelo governador. Ele assumiu o compromisso de criar a quarta classe, que representaria acréscimo de 20% nos vencimentos dos agentes. No entanto, o Governo se dispôs a cumprir o compromisso, mas reduziu o índice da correção salarial para 6%.

Para Carvalho, a alternativa vai discriminar os policiais civis e ampliar as distorções na classe. "Segurança pública não é só viatura", ressaltou, sobre os grandes investimentos feitos por Puccinelli na aquisição de veículos.

O presidente do Clube dos Oficiais, coronel Iacir Azamor, leu manifesto do Fórum dos Servidores da Segurança Pública (Forsep), publicado nos jornais. Na declaração, as entidades lamentam a não reposição da inflação desde 2004 e do atual Governo só ter concedido 3% e criado abono de R$ 100 no ano passado. Ele frisou que o Governo só investiu em viaturas, falta valorizar o homem e a mulher.

"A política de recursos humanos nos assusta e intimida", afirmou o coronel, destacando que policiais ficam com medo de atender as ocorrências em decorrência da atual política. Ele destacou que trabalhando há 28 anos na PM, é a primeira vez que a categoria não é recebida pelo governador para negociar reajuste salarial.

O vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM e dos Bombeiros, Edmar Soares da Silva, disse que o Forsep representa 17 mil servidores. Ele disse que o governador se recusou a receber um documento com as reivindicações e a receber os representantes do fórum. "É uma falta de respeito com os servidores", criticou.

Ele ainda destacou que a PM conta com três folhas de pagamento distintas em decorrência das distorções criadas entre as patentes. "É um absurdo", definiu. Os policiais militares querem o fim das distorções e salário inicial para soldado equivalente a 60% (R$ 4,6 mil) do paga a um delegado da Polícia Civil.

Já o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinsap), Fernando Anunciação, pediu mais atenção do Governo para os trabalhadores. Ele clamou pelo apoio dos deputados para evitar o agravamento da falta de segurança pública na sociedade. Nos últimos anos, a categoria tem uma defasagem de 28% a 30%.
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