Servidor do Detran afirma que é vítima de terrorismo político

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Éber Benjamin
09/07/2009 - 11:22 Por: Edivaldo Bitencourt    Foto: Giuliano Lopes

Funcionário concursado do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) há 14 anos e assessor de imprensa da diretoria regional dos Correios em Mato Grosso do Sul, Éber Benjamin, ocupou a tribuna do legislativo para falar sobre a transferência de Campo Grande para Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai.

Ele contou que integrou uma comissão de servidores para cobrar explicações do diretor-presidente do órgão, Carlos Henrique dos Santos Pereira, para cobrar o PCC (Plano de Cargos e Carreira) dos funcionários e explicações sobre a redução no valor pago a título de produtividade. O valor teve redução de R$ 800, para R$ 400 e agora, para R$ 10.

No dia 2 de julho deste ano, a comissão comandou um protesto no órgão, quando os funcionários usaram tarja preta no braço em protesto. Neste dia, uma das diretoras do órgão, Maria das Graças Freitas, comunicou-o da remoção.

Segundo Benjamin, não perguntaram se ele tem família, tem condições de ser transferido ou se tem outro emprego. Ele trabalha em outro emprego, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Ele tem 15 dias para providenciar a transferência e assumir o cargo no município do interior.

"Estão instalando clima de terrorismo político em Mato Grosso do Sul", lamentou o funcionário, que pediu a interlocução dos deputados estaduais para reverter a medida do Governo estadual. Ele destacou que a medida contraria a Constituição Federal, que permite a liberdade de expressão e sindical.

Ele tentou conversar com o diretor-presidente do Detran, mas não foi recebido. "A medida visa intimidar os servidores", declarou na tribuna, que falou após proposição do deputado Pedro Teruel (PT), que teve o aval dos demais líderes do legislativo estadual.
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