Deputados discutem construção de 1,2 mil casas em Corumbá

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02/09/2009 - 12:47 Por: Adriano Furtado    Foto: Giuliano Lopes

A construção de 1,2 mil casas populares pelo governo do Estado em uma área de 60 hectares em Corumbá voltou a ser discutida pelos deputados durante a sessão desta quarta-feira, dia 2, na Assembleia Legislativa.

O líder do Partido da República (PR), deputado Antônio Carlos Arroyo, ocupou a tribuna para defender a importância do conjunto que será instalado na área do Previsul cedida em 1992 pelo Estado para a prefeitura de Corumbá com a finalidade de instalação de usina termelétrica, no prazo de dois anos.

"Corumbá tem um dos maiores déficits habitacionais do Estado", disse Arroyo justificando que não há no Plano Diretor do município nada que imponha restrição ao empreendimento.

Em aparte ao pronunciamento de Arroyo, o deputado Paulo Duarte (PT) reafirmou que a área é inapropriada para a instalação de habitações porque fica próxima a fábrica de cimento e estação de tratamento de esgoto.

"Não adianta politizar essa discussão porque no final a decisão será técnica", complementou Duarte acreditando que os órgãos responsáveis pela análise do EIA/RIMA impedirão a construção das casas.

O deputado Pedro Kemp (PT) disse que a questão virou "birra política" entre o governador André Puccinelli e o prefeito de Corumbá Ruiter Cunha (PT). O deputado Marquinhos Trad (PMDB) lembrou que o Estado tentou em vão durante 18 meses a cessão de uma área da prefeitura para a construção das casas. Já o deputado Diogo Tita (PMDB) propõs que, se não houver acordo, as casas sejam construídas em municípios da região do Bolsão.

Debate Político - Em pedido da palavra pela liderança do PR, o deputado Arroyo, prosseguiu na tribuna e criticou a concentração de recursos fiscais pelo governo Federal, responsável pelo repasse aos estados e municípios. Arroyo disse que a distribuição do dinheiro arrecadado em impostos nem sempre é a mais justa.

Nas explicações pessoais, o deputado Amarildo Cruz (PT), afirmou que - proporcionalmente - Mato Grosso do Sul é o segundo estado do país a receber o maior volume de verbas federais. Já Pedro Kemp (PT) disse que o governo Lula não faz distinção entre aliados e adversários na hora de repartir os recursos para investimentos e Pedro Teruel (PT) acha que o presidente Luis Inácio Lula da Silva "tem sido o melhor governador de Mato Grosso do Sul".
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