Corrêa considera temeridade redução de jornada de trabalho

Presidente da Frente Parlamentar da Indústria, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR) considera uma "temeridade" a aprovação da PEC 231/95, que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas no País. Ele se manifestou durante o grande expediente da sessão ordinária de hoje.

O parlamentar criticou a proposta porque aumenta o custo de produção das empresas e pode gerar desemprego no País. O deputado afirmou ainda que não é o momento para se debater a proposta, já que o Brasil ainda está saindo da crise econômica mundia e tem "uma barbaridade" de desempregados.

"A redução da jornada de trabalho é contra o progresso do País", alertou. Ele ainda ressaltou que não está definido quem pagará a conta pelo aumento no custo da produção.

Nova indústria - Líder do PMDB, o deputado estadual Akira Otsubo também defendeu prudência no debate. Ele citou o caso da multinacional de celulose Portucel, que analisa a possível instalação de uma indústria no Brasil ou no Uruguai.

Otsubo explicou que a indústria está analisando o custo da produção. Apesar de ter matéria prima e terra baratas, o Brasil tem o alto custo da produção como uma das desvantagens. Na avaliação do peemedebista, o País precisa estar ciente do debate, se é melhor ter mais empregos ou menor jornada de trabalho.

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) também criticou a proposta para reduzir a jornada. Ele destacou que para o trabalhador interessa quanto vai ganhar por mês, não o tempo trbalhado. "Deus ajuda quem cedo madruga", afirmou o democrata, citando um ditado popular. "Limite de hora é muito perigoso", alertou.