Coordenadora de Igualdade Racial defende sistema de cotas

Imagem: Raimunda Luzia de Brito
Raimunda Luzia de Brito
04/03/2010 - 10:31 Por: Adriano Furtado    Foto: Giuliano Lopes

A coordenadora de Políticas para Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul, Raimunda Luzia de Brito, defendeu nesta quinta-feira, dia 4, o sistema de cotas racias nas universidades. Ela ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa a convite do deputado Amarildo Cruz (PT).

Raimunda rebateu os argumentos do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), que ingressou com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186 no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a política de cotas da Universidade de Brasília (UnB). Desde ontem, está sendo realizada em Brasília audiência pública que discute o sistema de cotas raciais.

"Esta discussão remonta os tempos da escravidão. O negro foi trazido a força para o Brasil e não recebeu terras, dinheiro e nenhum outro apoio. Ao negro foi negada a liberdade, o direito a educação e até o uso de sapatos. Escravo não podia estudar", explicou a coordenadora.

Raimunda defendeu as cotas como ação afirmativa por tempo determinado. "Acho que deve durar 50 anos", afirmou ela. A coordenadora também citou a Constituição Federal no artigo 5º onde todos são declarados iguais perante a lei, desde que garantidos os direitos à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.